As exportações brasileiras de milho para a China já somam quase 5 milhões de toneladas entre janeiro e agosto de 2023. Dados da Secretaria de Comércio Exterior levantados pela AgRural revelam que o país asiático se tornou o principal destino dos nosso cereal em menos de um ano da abertura comercial, que ocorreu em novembro do ano passado. No ranking dos cinco principais clientes do milho do Brasil aparece a China em primeiro lugar, seguida por Japão, Vietnã, Coreia do Sul e Colômbia. O apetite chinês por milho aumentou desde que a Ucrânia, um dos seus principais fornecedores, se viu envolvida na guerra com a Rússia. As exportações ucranianas despencaram, e a China buscou um outro fornecedor confiável. O Brasil estava pronto para atender a demanda em volume e qualidade.
Na temporada 22/23 a colheita de milho foi recorde, com 131,8 milhões de toneladas de acordo com a Conab. Nas exportações totais de milho, a projeção é de 50 milhões de toneladas, maior patamar da história. A expectativa da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) é que neste ano, o Brasil exporte mais de 8 milhões de toneladas para a China e consolide a posição de principal destino em 2023. Há potencial de aumento no volume de embarque do grão até dezembro e também necessidade dos agricultores em liberar espaço dos armazéns nos próximos meses para a chegada da soja, que está sendo plantada agora, o que pode incentivar vendas. A Pátria Agronegócios explica, inclusive, que esses embarques aquecidos aos chineses têm criado uma espécie de "piso" aos preços do milho no Brasil, não permitindo que a cotação do grão caia mais. Para 2024, ainda não há consenso sobre como serão as exportações do cereal do Brasil à China. Pelo andar da carruagem, a China deverá se manter firme na posição de importante compradora do milho brasileiro e manter aberta mais uma oportunidade de exportações para nosso grão.
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