O treinador Renato Gaúcho, do Grêmio, protagonizou uma decisão nada usual na noite deste domingo, 8, após a derrota por 3 a 2 para o Internacional, no Beira-Rio, em duelo válido pela 26ª rodada do Brasileirão. Ao invés de conceder a tradicional entrevista pós-jogo, o técnico deixou o estádio do rival e viajou direto para o Rio de Janeiro. Abordado pela imprensa ao desembarcar na capital fluminense, o comandante preferiu não se pronunciar. Quem falou, porém, foi o presidente do Tricolor, Alberto Guerra. “Substituto” de Renato Gaúcho na coletiva, o mandatário criticou o ato do ídolo gremista. “Do segurança ao presidente, do faxineiro ao CEO, ninguém no Grêmio concordou com essa decisão, foi uma decisão unilateral do treinador, entendemos, ele tem compromisso amanhã de manhã. Achamos que ele deveria estar aqui dando suas explicações, mas é uma decisão que ele tomou e internamente vamos avaliar isso”, afirmou.
Apesar de não concordar com a atitude, Alberto Guerra descartou demitir Renato Gaúcho. “Ele (Renato) tinha compromisso e saiu, eu não poderia trancar a porta e dizer ‘tu não sai daqui’. É isso, internamente vamos avaliar, falar com ele na reapresentação. Importante que eu expresse que o presidente não está de acordo, Conselho de Administração não está de acordo. O que se pode fazer? Demissão? Obviamente não, não é o caso, seria punir o time, ele está indo muito bem, fazendo excelente trabalho, mas tomou uma atitude contrária ao que achávamos melhor”, continuou o presidente. Por causa da Data Fifa, a diretoria do Grêmio decidiu dar três dias de folga ao elenco. Assim, o grupo só voltará a se reunir na quinta-feira, 12. Terceiro colocado do Brasileirão, o time tem 11 pontos a menos que o Botafogo.
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