Milhares de manifestantes em países árabes expressaram nesta quarta-feira, 18, sua indignação em relação ao bombardeio que deixou centenas de mortos em um hospital na Faixa de Gaza, atribuído a Israel pelo movimento islâmico Hamas. Após a tragédia que deixou ao menos 471 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, grandes protestos foram registrados na Jordânia, Tunísia, Líbano, Síria, Iêmen, Bahrein, Iraque, Egito e Líbia. O movimento de revolta havia sido convocado pelo grupo xiita libanês Hezbollah, que chamou a data como um “dia de fúria” contra o governo israelense. O Hamas acusa Israel de ser responsável pelo ataque. O Exército israelense, por sua vez, rejeitou as acusações e atribuiu o ataque a um lançamento malsucedido de foguetes da Jihad Islâmica, aliada ao Hamas, que classificou essas acusações de “mentiras”.
Nesta quarta-feira, em frente à embaixada de Israel em Amã, cerca de 5 mil jordanianos se reuniram para exigir a expulsão da missão diplomática israelense após o ataque. As forças de segurança bloquearam as estradas que levavam à embaixada, mas a manifestação ganhou força, em meio à fúria nas ruas da Jordânia, país que abriga um grande número de refugiados palestinos. Na Tunísia, milhares de manifestantes pró-palestinos se reuniram em frente à embaixada da França e condenaram o apoio ocidental a Israel. Alguns carregavam bandeiras palestinas, enquanto outros exigiam a expulsão do embaixador – eles acusaram a França de fazer parte dos “aliados ocidentais dos sionistas”.
No Líbano, centenas de pessoas com bandeiras palestinas e do Hezbollah participaram de uma manifestação convocada pelo partido xiita nos subúrbios do sul de Beirute. O primeiro-ministro provisório libanês, Najib Mikati, decretou um dia de luto nacional na quarta-feira. Já em Damasco, na capital síria, centenas de pessoas se reuniram perto do Parlamento. Muitas delas usavam camisetas com a imagem do presidente Bashar al-Assad. Milhares de egípcios também se manifestaram em diferentes cidades, de acordo com imagens divulgadas pelos veículos de comunicação locais e nas redes sociais. A Turquia decretou três dias de luto nacional, enquanto o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, acusou os Estados Unidos de serem “cúmplices dos crimes” de Israel.
*Com informações da AFP
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