As cartilhas estão disponíveis online e possuem um formato mais acessível para leitura em smartphones e tablets ou em computadores. Os guias são resultados do trabalho conjunto dos ministérios do Turismo e dos Direitos Humanos e Cidadania.
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A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, afirma que essa atualização faz parte da estratégia para os primeiros 100 dias do governo, com priorização da inclusão e da acessibilidade. “Nossa atuação teve como meta garantir que o turismo, de fato, seja para todos. É com alegria que lançamos mais dois guias que buscam orientar profissionais do setor sobre como atender bem pessoas idosas e o público LGBTQIA+.”
A presidente da Associação Brasileira de agências de Viagens (Abav-Nacional), Magda Nassar, avaliou a reedição dos guias. “A ABAV acredita em iniciativas que capacitem toda a cadeia do turismo para atender segmentos e, também, em atender melhor no geral. A hospitalidade e o cuidado devem sempre estar nas relações entre as partes desse mercado.”
Pedro Kempe, operador de turismo no Paraná, voltado ao segmento religioso - que tem viajantes idosos, sobretudo - gostou da cartilha para qualificar os profissionais do setor. “Para nós que trabalhamos com pessoas idosas, toda informação e boa prática para podermos cada vez mais atender melhor aos nossos clientes, poder ajudar a sermos mais inclusivos, respeitosos e aptos das boas práticas do Brasil. O que vai, com certeza, nos tornar cada vez melhores e mais profissionais.
Turistas LGBTQIA+
O Ministério do Turismo explica que o guia “Dicas para atender bem turistas LGBTQIA+” traz conteúdos atualizados sobre legalidade e conceitos básicos de identidade de gênero, sexo biológico e orientação sexual. A cartilha ainda alerta que, no Brasil, a discriminação a pessoas LGBTQIA+ é crime e pode ser igualada aos crimes de racismo, conforme decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal.
Uma dica do guia é tratar a pessoa de acordo com o gênero com o qual ela se identifica e não pelo sexo de nascimento. O material ainda ensina que trans e homossexualidade não são doenças; que respeito e educação são a base de qualquer relação e que devem ser evitadas expressões, gírias e piadas que possam soar pejorativas.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, a comunidade LGBTQIA+ responde por 10% do total de viagens realizadas todos os anos e é responsável por 15% da renda gerada pelo setor.
Levantamento realizado em 2017 pela Out Leadership, associação internacional de empresas voltadas para o público homoafetivo, mostra que o potencial de compra do público LGBTQ+ no Brasil é de R$ 419 milhões por ano. E no mundo, o segmento é responsável por US$ 3 trilhões por ano. É o chamado pink money, expressão para fazer referência ao poder de compra do público LGBTQIA+.
Turistas idosos
Para os turistas idosos, a atualização do guia ressalta que, ao contrário do que muitos pensam, a idade não é um impeditivo para uma vida socialmente ativa e lembra que esse público possui horários e datas flexíveis, podendo aproveitar e desfrutar de vários roteiros. “Com o envelhecimento da população, a pessoa idosa torna-se cada vez mais plural."
A publicação também traz informações sobre infraestrutura apropriada; adequação de ambientes e sinalização correta para que as pessoas idosas aproveitem, por completo, a experiência turística.
Entre as dicas práticas do guia estão a reserva de assentos preferenciais, oferta de filas preferenciais, estímulo ao convívio intergeracional, sempre que possível e placas/sinalizações de fácil visualização e com cores fortes.
Turistas com Deficiência
A publicação Dicas para atender bem turistas com deficiência aborda temas como acessibilidade, ética e responsabilidade social, desenho universal, exemplos de deficiência, capacitismo, respeito às diferenças. São exemplos práticos de desenho universal que devem ser seguidos, nos estabelecimentos prestadores de serviços hoteleiros: portas com vão livre de pelo menos, 80 cm de largura; maçaneta do tipo alavanca; e balcão de atendimento com alturas diferenciadas.