Dados do Observatório do Marco Legal da Primeira Infância alertam que 41,7% das crianças brasileiras de 0 a 6 anos ainda não têm acesso ao saneamento em seus lares.
A falta desse serviço básico expõe nossas crianças a doenças evitáveis como diarreias, gastroenterite, desidratação, hepatite A e doenças respiratórias, com efeitos ainda em seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
Além disso, o acesso precário ou a falta de saneamento básico também pode afetar o desempenho escolar das crianças.
A falta de água tratada e a ausência de banheiros adequados nas escolas podem levar a problemas de saúde, aumentar a taxa de absentismo escolar e comprometer a concentração e o aprendizado dos estudantes.
Estudos mostram que crianças que vivem em áreas sem saneamento básico têm maior probabilidade de repetir de ano, ter dificuldades de aprendizagem e apresentar um desempenho acadêmico inferior.
A falta de higiene e a exposição a doenças também podem levar a ausências frequentes na escola, aumentando a interrupção na aprendizagem.
Além disso, a falta de acesso ao saneamento básico pode levar a problemas psicológicos e emocionais nas crianças. A falta de privacidade e dignidade ao lidar com questões básicas de higiene pode afetar sua autoestima e bem-estar emocional.
Portanto, é fundamental garantir o acesso ao saneamento básico para todas as crianças, visando não apenas a melhoria de sua saúde, mas também seu desenvolvimento cognitivo, emocional e educacional.
Isso requer investimentos em infraestrutura, políticas públicas e conscientização da importância do saneamento básico na promoção da saúde e do bem-estar infantil.