O relatório do deputado estadual Barros Munhoz (PSDB) sobre o projeto de lei (PL) que prevê a privatização da Sabesp foi aprovado pelo Congresso de Comissões da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nesta quarta-feira, 22. O relatório recebeu 27 votos favoráveis e 8 contrários, e agora segue para o plenário. A previsão do governo Tarcísio de Freitas é que o projeto seja votado no plenário nas próximas semanas. Para ser aprovado, o PL precisa de 48 votos dos 94 deputados. Durante as discussões iniciais sobre o projeto, a oposição defendeu que a privatização da Sabesp deveria tramitar como uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o que exigiria um quórum mais desafiador de 57 deputados estaduais para Tarcísio.
Atualmente, o governo de São Paulo possui 50,3% das ações da empresa. A intenção do Estado é reduzir sua participação para algo entre 15% e 30%. Segundo o diretor-presidente da estatal, André Salcedo, em entrevista recente ao Estadão, a Sabesp precisará investir cerca de R$ 56 bilhões até 2033 para universalizar os serviços de água e esgoto em São Paulo. Salcedo afirma que esse aumento de investimentos resultará em um aumento na tarifa. No entanto, ele acredita que a privatização pode melhorar a eficiência da empresa e segurar esse avanço. Fundada em 1973, a Sabesp é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 375 municípios do Estado de São Paulo. A empresa atende a 28,4 milhões de pessoas com abastecimento de água e 25,2 milhões de pessoas com coleta de esgotos. As ações ordinárias da Sabesp tiveram um aumento de 1,43% no pregão de ontem, devido à iminência da aprovação da privatização pelas comissões. No acumulado do ano, os papéis da estatal já subiram 18,09% e, em novembro, 12,93%.
jovem pan