Forças de segurança do Paraguai conseguiram prender nesta terça-feira, 19, o narcotraficante brasileiro Ricardo Luiz Picolotto, o "R7", durante uma operação antidrogas na fronteira com o Mato Grosso do Sul. R7 atuava como sócio de Felipe Santiago Acosta Riveros, o "Macho", considerado um dos traficantes de drogas mais violentos do Paraguai. Segundo informações das autoridades paraguaias, Picolotto seria responsável por fornecer armas à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Também foram presos mais dois brasileiros da organização criminosa: Gabriel Fernando dos Santos, codinome "Gordinho", e Carlos Daniel Castro Wenceslau. Durante a ação, houve confronto com membros da organização criminosa, o que causou a morte de nove pessoas. Outros nove foram presos, os três brasileiros e mais seis paraguaios. A operação foi realizada em uma propriedade rural nos arredores de Salto del Guairá e foi conduzida pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), o Ministério Público paraguaio e a Força-Tarefa Conjunta (FTC). Foi encontrado com o grupo um vasto arsenal, munições, um fuzil antiaéreo calibre .50 e uma metralhadora antiaérea.
O porta-voz da Senad, Francisco Ayala, declarou que a operação causou danos consideráveis na estrutura criminosa da fação de “Macho”, que está foragido. "O golpe na estrutura criminosa é muito grande porque o seu exército de 18 pessoas foi desmantelado: nove deles mortos e nove detidos", avaliou em ligação com o canal televisivo Telefuturo. Em referência ao cabeça da operação, Ayala afirmou que é apenas questão de tempo até que ele seja capturado. "Essa pessoa tem que ser parada. Ele é um fugitivo muito importante para a justiça do Brasil e do Paraguai, mas acho que estamos dando um passo muito importante com o desmantelamento de todo o seu exército", frisou.
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