Em Portugal, a adulteração do odómetro, também conhecido como conta-quilómetros, é considerada crime por fraude e pode ser sancionada com uma pena de prisão de até três anos ou com uma multa.
Ainda assim, segundo dados da carVertical, 2,2% dos carros verificados foram alvo de manipulação de quilómetros.
Conforme escreve a plataforma de dados do setor automóvel, se porventura houvesse uma coima hipotética no valor de 3.000 por cada fraude e se todos os proprietários de veículos manipulados fossem processados, Portugal poderia arrecadar 40 milhões de euros por ano.
"Se as autoridades conseguissem estabelecer precedentes legais, é provável que reduzissem as taxas de fraude, o que é vital para o mercado de veículos usados. Um bom exemplo é precisamente o que todos os países precisam nestas questões de transparência do mercado de veículos usados", afirma Matas Buzelis, diretor de comunicação da carVertical e especialista em automóveis.
Conta-nos ainda a carVertical que, por outro lado, os condutores que adquirem veículos com o odómetro adulterado pagam em média mais 20% do valor real do automóvel. Isto traduz-se numa perda financeira dos compradores burlados em Portugal que pode ultrapassar os 66,4 milhões de euros.