Este valor, um recorde para a Stellantis no Brasil, duplica o total de investimentos feitos pelo grupo em toda a América do Sul nos últimos cinco anos e equivale a quase um terço de todos os investimentos previstos pelos fabricantes de automóveis no Brasil nos próximos anos.
O anúncio foi feito pelo CEO da empresa, Carlos Tavares, e pelo diretor da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Cappellano, em conferência de imprensa após encontro com o presidente brasileiro, Lula da Silva.
De acordo a empresa, os investimentos serão dedicados a quatro plataformas e 40 modelos, alguns deles novos, mas serão principalmente dedicados ao desenvolvimento de uma tecnologia híbrida que permitirá o lançamento de veículos movidos a etanol e eletricidade.
Tavares disse que os veículos híbridos continuarão a ser acessíveis à classe média, uma vez que o custo de produção de um veículo elétrico cerca de 40% superior ao dos modelos a combustão.
"Cada região aborda a questão da mobilidade limpa com sua própria visão. Os europeus querem carros elétricos, os Estados Unidos ainda estão em dúvida, e a América Latina tem a vantagem de produzir etanol e veículos a etanol", disse.
Para Tavares, a produção de veículos 100% elétricos na América Latina depende da redução do seu custo para se equiparar ao dos modelos a combustão, estimando que possa acontecer em dois ou três anos.
O anúncio de Stellantis junta-se a outras grandes fabricantes, como Volkswagen, Toyota, General Motors, BYD e Nissan, que decidiram redobrar o compromisso com o Brasil.
Antes dos anúncios de investimentos feitos esta semana por Stellantis e Toyota, o governo estimava em 20 mil milhões de euros os novos investimentos da indústria automobilística no país até 2029, focados principalmente em modelos híbridos e elétricos.
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