O Primeiro Tribunal Especial do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ordenou a prisão do ex-candidato oposicionista Edmundo González.
O Primeiro Tribunal Especial do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ordenou a prisão do ex-candidato oposicionista Edmundo González. Ele é acusado pelo Ministério Público de pelo menos seis crimes, entre eles, usurpação de funções, instigação à desobediência, formação de quadrilha, falsificação de documentos e sabotagem. A polícia venezuelana está autorizada a executar a ordem judicial.
O Ministério Público pediu a prisão do opositor do governo de Nicolás Maduro nesta segunda-feira, após González faltar a três intimações para prestar depoimento. Ele é acusado de publicar registros eleitorais questionando os resultados oficiais das eleições que deram um terceiro mandato para o presidente Nicolás Maduro. González e a oposição dizem que estão sendo acusados por perseguição política.
A ordem de prisão repercutiu entres outros países. Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai emitiram nota conjunta criticando a medida. De acordo com o documento, a detenção é uma tentativa de "silenciar" González, "ignorar a vontade popular venezuelana" e constitui "perseguição política". Em seguida, Chile também emitiu nota rechaçando a ordem de prisão.
A pressão internacional continua. Os estados Unidos confiscaram uma aeronave presidencial venezuelana que estava na República Dominicana. O governo da Venezuela classificou o ato como "criminoso". Segundo o governo Maduro, Washington teria pressionado o país caribenho para ferir o direito internacional.
Enquanto isso, cresceu a entrada de imigrantes venezuelanos aqui no Brasil, por meio da fronteira em Roraima. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, do Sistema das Nações Unidas, no último dia 26 de agosto, houve um saldo de 717 venezuelanos entrando pela cidade de Pacaraima, em um único dia. Este é o maior número desde novembro do ano passado.