O Brasil realizou uma campanha de recordes nos Jogos Paralímpicos de Paris, que acabam hoje (8) em Paris, na França. Ao todo, o país conquistou 25 ouros, ultrapassando os 22 previamente conquistados em Tóquio-2020, e uma quantia de 89 medalhas no total, número muito superior às 72 da Rio-2016 e de Tóquio-2020. Somam-se aos ouros 26 pratas e 38 bronzes. O país encerrou a competição no 5º lugar, algo que nunca havia feito em sua história na competição. China, Grã-Bretanha, EUA e Holanda ficaram à frente.
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, comemorou o resultado, classificando-o como ‘excepcional’. “Em cada brasileiro pulsa hoje um coração Paralimpico”, iniciou ele. “Não dá pra falar dos resultados sem voltar a 2017, quando elaboramos nosso plano estratégico. Ele trouxe duas mudanças importantes. Primeiro, a inclusão passou ao centro, não à periferia, do nosso propósito. E a gente passou a ter mais atletas”, afirmou.
Segundo o oficial, o Brasil poderia ter conquistado ainda mais medalhas. “A campanha podia ser ainda melhor, perdemos duas provas por centésimos. Nossa equipe de goalball era favorita”, lamentou, complementando que o país superou a meta. “Além de ter sido um resultado extraordinário, com três modalidades que nunca tinham medalhado, triatlo, tiro e badminton, a gente avançou no halterofilismo, muito orgulho. Uma campanha irretocável. Nossa meta era 75 a 90. Era ficar entre os oito, ficamos entre os cinco. Muita sensação de que o trabalho compensa”, analisou. A ideia, agora, é ampliar o número de mulheres na delegação brasileira. “Essa delegação já teve 40% de mulheres. Se a gente olhar para China, mais de 60% das medalhas conquistadas por mulheres. Se a gente oportunizar, elas vão ser cada vez mais protagonistas”.
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