O debate promovido pelo Flow, nesta segunda-feira (23), entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), foi interrompido após confusão no estúdio. Marçal foi expulso durante as considerações finais. O mediador, Carlos Tramontina, paralisou o debate após Marçal, “reiteradamente”, desrespeitar as regras. “Tive que paralisar o debate para excluir o candidato Pablo Marçal, que reiteradamente, desrespeitava as regras. Na saída dele, houve uma confusão e o assessor do candidato Ricardo Nunes foi agredido e está sangrando bastante neste momento”.
Ele explica que o candidato do PRTB resolveu ficar agressivo nas considerações finais. “O último sorteado para fazer as considerações finais foi Pablo Marçal e, aparentemente, adotou o projeto de sair fazendo tudo aquilo que ele não fez de agressão e desrespeito ao longo do debate. No debate, ele se comportou como os outros, apresentando ideias e propostas. No final, sendo o último a falar, ele iniciou uma série de acusações injuriosas e caluniosas, que, de acordo com o regulamento, não poderiam ser aceitas”. “Eu o interrompi, ele ficou bravo e falei: ‘Tenho autoridade para interromper conforme sua assessoria assinou’. Voltou para ele e, imediatamente, ele repetiu. Na terceira vez, ele foi excluído do debate faltando dez segundos para o término. Simples assim”, relatou Tramontina.
Marçal quis usar o tempo final de sua fala para falar coisas negativas contra os candidatos sem “nenhuma responsabilização ou consequência”, diz Tramontina. “Ele claramente usou o tempo final na expectativa de que isso fosse o fecho do debate, sem nenhuma responsabilização ou consequência. Eu, como mediador do debate, fiz apenas a aplicação das regras. Ele injuriou e caluniou, conforme não era permitido pelas regras”. Tramontina narra o tumulto e diz que ele saiu provocando os demais candidatos. “Ele sai, forma-se um tumulto porque tinha um grupo que o acompanhava e, empurrando o restante do pessoal que estava ali, vem para chegar perto dele. Ele saiu com uma atitude de provocação para os outros que estavam lá. Só sei que houve um soco de uma pessoa no assessor do candidato Ricardo Nunes. Sangrou muito”. Entre as regras previstas, ataques pessoais e ofensas tinham punição prevista com advertência. Três advertências resultavam em expulsão.
Além disso, um assessor do prefeito de São Paulo Ricardo Nunes, o marqueteiro Duda Lima, levou um soco no rosto e saiu sangrando. O agressor é um assessor de Marçal, Nahuel Gomez Medina, dono de uma produtora que faz vídeos para o ex-coach. Marçal disse que houve provocação por parte de Lima primeiro. Tanto o agressor quanto o marqueteiro foram encaminhados à 16ª Delegacia de Polícia. Depois, Duda Lima foi levado ao hospital Albert Einstein onde realizou exames e retornou à unidade policial. Esta é a segunda agressão em debates nesta campanha eleitoral em São Paulo.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Estadão
Publicado por Marcelo Bamonte
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