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Utilizadores de elétricos pedem incentivos à compra com retroativos

"Caso os incentivos de 2024 não sejam colocados até ao final do ano, o orçamento de 2025 deve prever a retroatividade daquilo que foi a não atribuição aos utilizadores que estavam à espera desses incentivos em 2024, esse é um dos pontos fundamentais", defendeu Pedro Faria, em declarações à agência Lusa, à margem da conferência "Fiscalização e Prevenção no Setor Energético", organizada pela Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), em Lisboa.


"Caso os incentivos de 2024 não sejam colocados até ao final do ano, o orçamento de 2025 deve prever a retroatividade daquilo que foi a não atribuição aos utilizadores que estavam à espera desses incentivos em 2024, esse é um dos pontos fundamentais", defendeu Pedro Faria, em declarações à agência Lusa, à margem da conferência "Fiscalização e Prevenção no Setor Energético", organizada pela Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), em Lisboa.

Adicionalmente, o responsável apontou como fundamental o reforço da rede de carregamentos de veículos elétricos.

Durante a sua intervenção num dos painéis de debate da conferência sobre mobilidade, Pedro Faria relatou casos em que um ponto de carregamento está pronto a operar, mas leva quase dois anos a conseguir que lá chegue a potência necessária.

"Atualmente, temos uma situação inaceitável nas autoestradas, ninguém vai mudar para mobilidade elétrica se vê cinco carros na fila para carregarem na estação de serviço, estamos com uma dificuldade muito grande", alertou.

Neste tema, a associação entende que a lei deve ser revista, para agilizar a instalação e entrada em funcionamento dos postos, e deu o exemplo de França, onde a concessão das estações de serviço foi separada da dos postos de carregamento elétrico.

O responsável da UVE lembrou ainda que o apoio direto ao abate de veículos anteriores a 2007, previsto no Orçamento do Estado para este ano, também não saiu do papel e "parece que não vai ser colocado em prática", pelo que deve constar do documento para o próximo ano.

"Portugal tem um plano de incentivos de transição energética para as empresas muito adequado, muito em linha com o resto da Europa. Para os particulares, são praticamente inexistentes, estamos muito abaixo da média europeia e, em 2024, nem sequer saíram ainda, estamos numa situação de inexistência e é nos particulares que nós temos de nos focar agora", realçou, sublinhando que mais de 80% dos veículos elétricos que têm chegado ao mercado são fruto da renovação de frotas nas empresas.

O Governo tem de entregar até ao dia 10 de outubro no parlamento a proposta do OE2025.

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