A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à Casa Branca, Kamala Harris, prometeu uma abordagem pragmática à economia americana, com foco nas oportunidades industriais e para a classe média, em um discurso, nesta quarta-feira (25). Harris, candidata presidencial democrata, delineou planos para um conjunto de incentivos fiscais que procurariam estimular indústrias inovadoras cruciais para a economia e a segurança nacional. Os novos créditos fiscais para investimentos na indústria transformadora e na produção abrangeriam áreas-chave, incluindo a biomanufatura, a indústria aeroespacial, a inteligência artificial e a computação quântica.
Os créditos fiscais, que a campanha não descreveu em detalhe, custariam US$ 100 bilhões ao longo de 10 anos e seriam pagos pela utilização das receitas provenientes do aumento de impostos sobre os rendimentos estrangeiros das empresas norte-americanas, se o Congresso implementar o acordo global de imposto mínimo corporativo, de acordo com os conselheiros de Harris. Os incentivos, destinados a combater a China, se concentram na revitalização de cidades com parques fabris, no reequipamento das fábricas existentes e no aumento dos salários e de parcerias sindicais, afirmaram integrantes da campanha.
Em discurso no Clube Econômico de Pittsburgh, onde a sua campanha distribuiu um documento de 80 páginas, Kamala Harris disse que enfatizaria o pragmatismo e trabalharia com o setor privado. A democrata também rejeitou as tentativas de Trump de caracterizá-la como marxista. “Sou capitalista”, disse. O discurso sinalizou que Harris, se eleita, abraçaria a política industrial na tentativa de impulsionar setores-chave da economia americana.
Ambas as partes têm adotado cada vez mais a política industrial, deixando de lado as visões tradicionais do mercado livre, à medida que procuram construir a capacidade de produção dos EUA para competir com Pequim. Como parte de sua viagem a Pittsburgh, Harris daria uma entrevista para a MSNBC, que está programada para ir ao ar na noite de quarta-feira.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
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