O capitão Emerson Ribeiro, de 36 anos, do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, lidera uma equipe que viajou para Mato Grosso com o objetivo de combater incêndios florestais. Essa ação é uma forma de retribuir o apoio recebido durante as enchentes que afetaram a região em maio. A força-tarefa é composta por nove bombeiros e conta com quatro viaturas, com previsão de permanência no estado por um mês. As condições de trabalho são desafiadoras, com altas temperaturas e umidade baixa, limitando o tempo de descanso da equipe. Em 2024, a Ligabom, entidade que reúne os corpos de bombeiros do Brasil, registrou um total de 182 mil ocorrências de incêndios, representando um aumento significativo de 48% em comparação ao ano anterior. Os salários dos bombeiros variam conforme o estado; em Goiás, o menor salário registrado foi de R$ 6.353,13, enquanto no Rio Grande do Sul, o valor foi de R$ 3.760,54. Além disso, quando atuam fora de suas regiões, os bombeiros têm direito a diárias para cobrir despesas com alimentação e hospedagem.
A coordenação das ações de combate aos incêndios é realizada pela Ligabom, que estabeleceu diretrizes para otimizar os procedimentos dos corpos de bombeiros diante do aumento de eventos climáticos extremos, que têm se intensificado devido às mudanças climáticas. O coronel Washington Luiz Vaz Júnior, presidente da Ligabom, está à frente de três gabinetes de crise, que têm a função de identificar as necessidades de recursos nos estados afetados. Apesar das iniciativas e esforços para combater os incêndios, o Ministério do Meio Ambiente aponta que a escalada dos incêndios florestais tem ocorrido de forma mais rápida do que o aumento dos recursos disponíveis para o combate. Essa situação ressalta a urgência de uma resposta mais eficaz e coordenada para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e a crescente frequência de desastres naturais.
publicado por Patrícia Costa
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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