Um recente relatório da Forest Declaration Assessment, uma coalizão de organizações de pesquisa e da sociedade civil, trouxe à tona as dificuldades enfrentadas globalmente para interromper e reverter o desmatamento e a degradação florestal até 2030. Em 2022, o mundo viu 6,4 milhões de hectares de florestas serem devastados, enquanto outros 62,6 milhões de hectares foram destruídos devido a atividades como construção de estradas, exploração madeireira e incêndios. As mudanças climáticas e o uso do fogo para “limpar” terras são apontados como fatores significativos que impulsionam essa destruição, conforme detalhado no estudo. O relatório destaca a Bolívia e a Indonésia como países com as piores taxas de desmatamento, devido a incentivos à agricultura e à mineração de níquel, respectivamente. O Brasil, embora ainda lidere em desmatamento, tem mostrado progressos significativos na Amazônia, graças a medidas de proteção implementadas pelo governo federal. No entanto, o cerrado brasileiro enfrenta um aumento preocupante na degradação.
O Brasil tinha como meta limitar o desmatamento a 1 milhão de hectares em 2023, mas os números ultrapassaram esse limite, com uma média de 2,14 milhões de hectares desmatados entre 2018 e 2020. Entre os dez países em situação crítica, apenas o Paraguai conseguiu cumprir suas metas de deter o desmatamento em 2022, enquanto a Colômbia conseguiu reduzir a perda de floresta primária em 57%. O relatório enfatiza a importância das florestas na luta contra crises climáticas, de biodiversidade e natureza, alertando que a destruição contínua representa uma ameaça à saúde do planeta e ao bem-estar das futuras gerações.
Publicado por Luisa Cardoso
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