O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, enalteceu neste domingo (20) os resultados alcançados até o momento pelas tropas israelenses na incursão terrestre no sul do Líbano, que, segundo ele, está permitindo que “destruam” o grupo xiita Hezbollah e suas capacidades militares. “Não estamos apenas destruindo o inimigo, mas também desmantelando seus túneis, depósitos de armas e infraestrutura de ataque. O resultado é claro: em lugares que o Hezbollah se preparou para usar como plataformas para nos atacar, agora há tropas conduzindo operações”, disse Gallant a militares depois de visitar a fronteira de Israel com o Líbano neste domingo.
Gallant comentou que os membros do grupo libanês capturados pelas forças israelenses têm compartilhado mais informações e estão “aterrorizados” com a possibilidade de o grupo estar “entrando em colapso”. “Os prisioneiros estão nos contando o que está acontecendo e que estão aterrorizados porque sabem que não têm o que é preciso para lidar com o que está acontecendo no campo de batalha. Não em termos de força, mas capacidade de combate, precisão ou determinação”, relatou o ministro. Desde que Israel lançou sua invasão do sul do Líbano na madrugada de 1º de outubro, pelo menos 24 militares israelenses foram mortos em ataques na fronteira (16 caíram em combate no sul do Líbano e outros oito morreram em território israelense).
No último dia, as forças israelenses atacaram mais de 100 alvos militares xiitas, incluindo “edifícios militares capturados e um depósito de armas que eram usados pelo Hezbollah”, informaram as Forças de Defesa de Israel (FDI). “Durante a atividade, os soldados localizaram um poço subterrâneo e um local de estacionamento usado pelos terroristas do Hezbollah ao lado de um armazém onde se encontravam muitos estoques de armas”, diz a nota.
Israel também voltou a bombardear com intensidade os subúrbios do sul de Beirute, conhecidos como Dahieh, neste domingo, depois que as FDI ordenaram a evacuação de várias partes da área duramente atingida, a cerca de seis quilômetros da capital libanesa, que agora se tornou um subúrbio fantasma. Em um ano de hostilidades entre Israel e Hezbollah, mais de 2.400 pessoas morreram somente no território libanês – a maioria no último mês – e mais de 1,2 milhão foram forçadas a fugir de suas casas para escapar da violência, causando uma crise humanitária no país mediterrâneo.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
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