A cidade de São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, se prepara para uma disputa acirrada no segundo turno das eleições municipais de 2024, protagonizada por dois candidatos de partidos com forte representação política nacional: Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e Guilherme Boulos (PSOL), que conta com o respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa eleição não apenas definirá o futuro da capital paulista, mas também pode ter consequências importantes para o cenário político nacional.
De acordo com as últimas pesquisas, o atual prefeito deve seguir no Edifício Matarazzo. Confiante na vitória, Nunes afirmou que se ganhar por "apenas um voto, já está ótimo", mas acredita que a vantagem será confortável. Ele vê na liderança nas pesquisas e no apoio popular em suas caminhadas de campanha, como em Heliópolis, um indicativo de que o favoritismo apontado pelos números se confirmará nas urnas. Boulos, por outro lado, mantém o tom otimista, descrevendo uma “onda de mudança” e declarando acreditar que o resultado das urnas surpreenderá as projeções. Ele convocou apoiadores a intensificar a busca por votos até o último momento, afirmando que a eleição representa a chance de tornar São Paulo uma cidade "mais humana, justa e acolhedora."
A campanha de Nunes tem sido pautada pela continuidade e pelo discurso de ordem e segurança, temas que mobilizam uma parte significativa do eleitorado conservador. Por outro lado, Boulos promete um governo voltado para a inclusão social e melhorias nos serviços públicos, com foco em saúde, educação e habitação, temas que tradicionalmente mobilizam a esquerda. A competição entre eles ganhou intensidade após um primeiro turno marcado por debates tensos e discussões acaloradas, com troca de acusações entre os candidatos. A presença de Pablo Marçal no pleito, candidato pelo PRTB, ajudou a deixar os ânimos exaltados. Provocador, ele tirou os adversários do sério e levou uma cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) durante um debate.
O impacto nacional da disputa em São Paulo é significativo, pois uma eventual vitória de Boulos consolidaria ainda mais a influência de Lula e seu governo, abrindo espaço para políticas de esquerda em uma cidade historicamente dividida. Em contrapartida, a vitória de Nunes fortaleceria a oposição conservadora e daria impulso à base de apoio de Bolsonaro, que busca reorganizar seu grupo político após a derrota nas eleições presidenciais de 2022
Publicada por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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