Em menos de dois meses, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, teve duas decisões desfavoráveis no Supremo Tribunal Federal quanto a um pedido da defesa para derrubar uma condenação de assalto a uma transportadora de valores no bairro do Jaguaré, em São Paulo, capital, em julho de 1998. Os defensores do líder do Primeiro Comando da Capital questionam a pena de 10 anos e 22 dias de prisão, afirmando que não há indícios de que o roubo de R$ 15 milhões tenha ligação com Marcola. Os recursos na Justiça de São Paulo foram encerrados em 2003. Os advogados então recorreram ao Superior Tribunal de Justiça, mas também não tiveram sucesso, por isso, a apelação foi ao STF. Mas para o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o recurso de Marcola é incabível, justamente porque o questionamento é de uma decisão individual do ministro Antonio Saldanha Palheiro, do STJ, ainda não julgada colegiadamente na corte inferior do STF. Moraes afirmou que primeiro é necessária a análise STJ para que depois o STF seja acionado.
Desde a transferência da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) para a de Brasília (DF), em janeiro de 2023, Marcola tem tido 'dias difíceis'. A coluna já mostrou que o líder do PCC tem sofrido uma série de restrições no local. Até mesmo uma carta foi interceptada na penitenciária estadual de Paralheiros, na zona sul da capital paulista, com ordens para que os integrantes do grupo criminoso, investigasse endereços de policiais penais para promoção de ataques contra eles, como forma de represália as restrições sofridas por Marcola.
A coluna também trouxe a informação que quatro ataques somente neste mês contra as forças de segurança paulista foram feitos. O último deles que está sendo investigado, foi ontem (28), contra um policial penal que trabalha justamente no local onde a carta com o 'Salve do PCC' foi encontrada. Há indícios de tentativa de execução, visto que os bandidos chegaram atirando. A Polícia Civil e os serviços de inteligência da Polícia Militar apuram a correlação entre as ações de enfrentamento contra as forças de segurança.
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