A tecnologia da informação (TI) está no coração do desenvolvimento moderno, e os países do Brics+ (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) reconhecem a importância de uma colaboração sólida nesse campo. Cada país traz uma combinação única de habilidades e inovações em TI que, quando compartilhadas, fortalecem o ecossistema digital e expandem a segurança e acessibilidade para milhões de pessoas. Essa cooperação também visa melhorar as infraestruturas digitais, alinhar políticas de proteção de dados e aprimorar a cibersegurança, aspectos essenciais para o crescimento econômico sustentável e seguro do grupo.
- Brasil: o país tem desenvolvido políticas de proteção de dados e iniciativas de cibersegurança, essenciais para a sua infraestrutura digital e para a criação de um ambiente seguro de TI. Com o fortalecimento de sua Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Brasil pode exportar sua experiência em regulamentação de dados e boas práticas de governança digital para os outros membros do Brics. Em contrapartida, beneficia-se da importação de tecnologias e conhecimentos avançados em automação de processos judiciais e inteligência artificial (IA) da China, que poderiam modernizar o sistema judicial brasileiro e promover eficiência em setores públicos e privados.
- Rússia: com expertise em cibersegurança e tecnologias de defesa digital, a Rússia é um importante fornecedor de sistemas robustos de segurança da informação, altamente valorizados em um contexto de crescentes ataques cibernéticos. A Rússia pode compartilhar suas tecnologias de proteção de infraestrutura crítica e governança de dados pessoais com os parceiros do Brics. Além disso, o país está interessado em importar inovações para o desenvolvimento de um ecossistema digital seguro e acessível para apoiar sua transformação digital. Essa troca fortalece a postura de segurança do Brics+ contra ameaças globais e alinha os países em políticas e práticas interoperáveis.
- Índia: reconhecida como um hub global de TI, a Índia oferece software e soluções de baixo custo em áreas como e-governança, saúde digital e educação. A experiência indiana em soluções de software escaláveis e acessíveis é especialmente valiosa para os demais países do Brics que buscam ampliar o alcance de seus serviços digitais. Em troca, a Índia se beneficia da infraestrutura de 5G e das redes de alta velocidade oferecidas pela China, essenciais para atender sua enorme demanda populacional e impulsionar seu crescimento no setor de IoT (Internet das Coisas).
- China: é líder global em tecnologias de 5G, IoT e inteligência artificial (IA), com uma forte infraestrutura para exportação de dispositivos e redes de comunicação. Esses recursos permitem aos países do Brics+ ampliar suas infraestruturas de rede e de conectividade, essenciais para a inovação digital e para a inclusão de populações não conectadas. A China também busca importar melhores práticas em governança de dados e cibersegurança, áreas nas quais o Brasil e a Rússia têm experiência significativa, permitindo que o país alinhe suas políticas digitais e eleve a proteção de dados pessoais e infraestrutura crítica.
- África do Sul: ao modernizar seus sistemas de TI, a África do Sul pode exportar sua expertise em TI aplicada ao setor judiciário, como a digitalização de processos, que reduz o tempo e os custos associados a procedimentos legais. Esse conhecimento é valioso para os demais países que buscam melhorias na eficiência administrativa. Em contrapartida, precisa importar tecnologias de infraestrutura de cibersegurança e redes de dados, como o 5G, para expandir seu acesso à internet e conectar áreas remotas, promovendo inclusão digital e fortalecendo sua economia.
A cooperação em TI entre os países do Brics+ oferece um caminho promissor para o desenvolvimento de soluções digitais seguras, inclusivas e interoperáveis. Ao unir forças e compartilhar suas tecnologias computacionais, cada país contribui com suas especialidades, beneficiando o grupo como um todo e criando um ambiente de inovação e segurança digital que fortalece a economia global. Essa parceria permite não só a troca de tecnologias, mas também a construção de uma base digital comum que promove o crescimento sustentável, protegendo os dados e respeitando as particularidades culturais de cada nação.
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