Depois que mãe da modelo Caroline Trentini foi uma das vítimas dos golpistas, fazendo com que ela transferisse R$ 125 mil para a conta dos bandidos, a Polícia Civil do Estado de Goiás, com apoio dos agentes do Rio de Janeiro e Mato Grosso, realizaram nesta quinta-feira (7) a segunda fase da Operação Paenitere, em que 47 bandidos são alvos e mais de cem medidas judiciais estão sendo cumpridas. A quadrilha, de acordo com o delegado Maytan Santa Lima, que coordenou as investigações, movimentou cerca de R$ 7,1 milhões em um ano de atividade. "Com o aprofundamento das investigações constatou-se que os criminosos, muitos deles egressos do sistema prisional, migraram para esta modalidade de golpe. Cada um tinha algum gênero de função dentro do grupo, com atuação em todo o Brasil."
A rede criminosa contava com todos os níveis hierárquicos dentro do esquema, desde o "cabeça", responsável pela engenharia social enganando a vítima, o fornecedor de banco de dados de vítimas (grades), os aliciadores de contas bancárias, os responsáveis por fornecer contas para receber os valores das vítimas e ainda os responsáveis por oferecer as contas de passagem de segundo nível para ocultarem a origem ilícita dos valores.
Como funciona o golpe
Normalmente os criminosos, por meio de mensagens, abordam as vítimas pelo WhatsApp dizendo que é pessoa da família ou algum amigo, mas que trocou de número e está precisando de dinheiro. Eles usam artimanhas para conseguir convencer a vítima de que realmente é a pessoa. Muitos dos casos são contra idosos — como é o caso da mãe de Trentini —, que acabam acreditando estar conversando com filho(a), parente ou pessoa próxima. Somente depois de várias transferências já realizadas, o golpe é descoberto.
A recomendação da polícia, é fazer ligações, até por vídeo no número de origem, para ter a autenticidade de que realmente está falando com a pessoa em questão. A coluna tentou contato com a modelo para comentar o caso, mas ainda não teve retorno.
Veja pronunciamento do delegado Maytan Santa Lima
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