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Leonor Poeiras afirma ter sido "profundamente humilhada" na TVI

Leonor Poeiras deparou-se com declarações recentes de Susan Sarandon, que afirmou acreditar que "nunca mais vai trabalhar em Hollywood" depois de ter denunciado ter sido vítima de assédio sexual, e não conseguiu ficar indiferente.


Leonor Poeiras deparou-se com declarações recentes de Susan Sarandon, que afirmou acreditar que "nunca mais vai trabalhar em Hollywood" depois de ter denunciado ter sido vítima de assédio sexual, e não conseguiu ficar indiferente.

A apresentadora de televisão acabou por rever-se nas declarações da atriz e partilhou publicamente o seu testemunho sobre o facto de manter-se afastada da televisão.

"Quem denuncia, quem não aceita ser pisado, quem luta por um mundo mais justo… Corre riscos reais. É o preço da integridade. Claro que me revejo (ainda que as causas sejam diferentes). Por isso, quando me perguntam quando volto à televisão, respondo que não me parece sequer que um dia essa possibilidade exista", declarou.

Leonor Poeiras contou, em 2021, ter sido vítima de assédio sexual, identificando o alegado agressor: Frederico Pereira, psicanalista e diretor do ISPA - Instituto Superior de Psicologia Aplicada. A apresentadora protagonizou ainda um processo judicial contra a TVI, por alegadamente ter sido dispensada, após 17 anos de trabalho, com alegadas ilegalidades por parte da estação televisiva.

"Primeiro, estão os nossos valores morais, a nossa integridade, a nossa recusa em sermos humilhados. É este o exemplo que quero dar ao meu filho e estou a fazê-lo", completou, convicta de ter feito a escolha certa em tornar pública a sua verdade.


© Reprodução Instagram - Leonor Poeiras

Ainda a respeito do processo judicial contra a TVI, a apresentadora volta a referir-se a Nuno Santos, que na época em que foi afastada do canal era diretor de programas, e diz ter sido humilhada.

"No outro dia perguntaram-me: se não tivesses processado, agora podias estar noutro canal, não? Esta pergunta nem sequer me faz sentido, porque eu jamais aceitaria ser profundamente humilhada como fui naquele maio de 2020, por uma pessoa acabada de chegar onde eu já estava há 17 anos.

'Ah mas mantinhas a tua vida, o teu bem estar financeiro.' E mostrava ao meu filho que é na boa seres humilhado e maltratado e que tens é que aceitar e andar? Por dinheiro? Nunca", completou.

Leia Também: "O meio da música é homofóbico e onde o assédio encontra terreno fértil"

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