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A mística da camisa amarela da seleção começou na Copa de 1954, depois da derrota de quatro anos antes

Nesse "Memória da Pan", te convido a fazer mais uma viagem no tempo, agora para o ano de 1954.


Nesse "Memória da Pan", te convido a fazer mais uma viagem no tempo, agora para o ano de 1954. Depois de 16 anos, a Europa voltou a sediar uma Copa. A Segunda Guerra inviabilizou os torneios de 1942 e 1946, e a Suíça, um país neutro, foi escolhida para receber a competição. Pela primeira vez, jogos do Mundial foram transmitidos ao vivo pela TV. Ainda não existia satélite, mas a proximidade geográfica tornou possível a transmissão na Europa. Os torcedores de oito países assistiram aos jogos: Suíça, França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e Dinamarca.

Aqui no Brasil, apesar de já existir televisão (foi inaugurada em setembro de 1950), a população acompanhou as partidas pelo rádio. A Panamericana, hoje Jovem Pan, transmitiu os jogos em cadeia com a Record, duas emissoras de Paulo Machado de Carvalho. O empresário seria o chefe da delegação do Brasil nos dois Mundiais seguintes. Pedro Luiz narrou pela Panamericana, e a Record contou com Geraldo José de Almeida.

O Mundial de 1954 tem uma história peculiar. A competição ficou conhecida como a "Copa das goleadas". A média de gols é a mais espetacular de todos os tempos: 5,38. Foram 140 gols em 26 partidas. A lendária seleção da Hungria é uma das responsáveis por esses números. A equipe foi a sensação do futebol europeu no início dos anos 1950: tinha como base o poderoso Honved, time que foi incorporado pelo exército do país e se transformou em uma potência do futebol.

A geração de Ferenc Puskás encantou o mundo com um jogo rápido, elegante e aplicado. Hoje é algo inimaginável, mas as equipes não costumavam fazer aquecimento antes das partidas. Os atletas húngaros, ao contrário, se exercitavam e iniciavam os confrontos em um ritmo acelerado. Na Copa, inúmeras vezes os magiares marcaram gols logo nos primeiros minutos. A seleção húngara ficou invicta por 31 jogos (27 vitórias e quatro empates). Perdeu justamente a final da Copa de 1954 para a Alemanha.

Já a seleção brasileira disputou jogos eliminatórios pela primeira vez para chegar a um Mundial. Passou por Chile e Paraguai e garantiu a vaga. O time era comandado por Zezé Moreira, ex-jogador que atuou e trabalhou nos principais clubes cariocas, era irmão de Aymoré Moreira, que seria bicampeão com a seleção, no Chile, em 1962.

A equipe que jogou em 1954 contava com grandes nomes: Didi, Julinho Botelho, Bauer, Nilton Santos e Djalma Santos. No entanto, o grupo era inexperiente. A maioria nunca tinha viajado à Europa. A comissão técnica também pecou pela ingenuidade: os dirigentes não conheciam nem mesmo o regulamento da competição.

Pela primeira vez, a seleção viajou de avião para participar de uma Copa. Com o objetivo de espantar o trauma de 1950, a CBD promoveu um concurso, em 1953, para escolher o novo uniforme. O gaúcho Aldyr Garcia Schlee foi o vencedor com o desenho da camisa amarela, que substituiu a cor branca. A equipe nacional fez apenas três partidas no Mundial: venceu o México, 5 a 0, empatou com a Iugoslávia, 1 a 1, e perdeu para a Hungria, por 4 a 2, nas quartas de final.

Abaixo, acompanhe mais histórias da Copa de 1954

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