Sir Frank Williams morreu há precisamente três anos. Um dia que nos serve para recordar todo o legado que deixou na Fórmula 1.
A Williams passou, em setembro de 2020, para as mãos do fundo de investimento norte-americano Dorilton Capital, que adquiriu a equipa com o objetivo de a colocar novamente na ribalta e no topo do desporto que um dia dominou.
Se num dia os títulos e a luta por vitórias era uma realidade, na altura em que a família Williams abandonou a liderança da equipa, a situação era bem diferente.
O novo século não foi, claramente, um dos capítulos mais felizes da Williams. Basta começarmos por sublinhar que o último título de pilotos e construtores data de 1997, que coincidiu com o 'adeus' da equipa aos motores Renault. Desde então, a equipa liderada por Frank Williams até 2013 nunca mais iria festejar um título na Fórmula 1. Jacques Villeneuve foi o último campeão mundial com um carro da Williams Grand Prix Engineering.
Seguiram-se vitórias, pódios, anos competitivos, mas a queda começou a acentuar-se na segunda década dos anos 2000. O sucesso estava cada vez mais longe e, no ano de 2018, soaram os alarmes. Já com Claire no comando da equipa, a Williams era uma das menos competitivas do pelotão e nessa temporada somou apenas sete pontos. Em 2019, bateram no fundo e foram claramente os elos mais fracos da F1: a Williams somou apenas um ponto.
No ano da venda, apesar das melhorias no seu monolugar, nem George Russell, nem Nicholas Latifi, conseguiram chegar aos lugares pontuáveis. Dificuldades desportivas que andaram sempre de mãos dadas com as dificuldades económicas, que culminaram então na venda da equipa. A última corrida vencida pela Williams Grand Prix Engineering foi em 2012 e pela mão do piloto Pastor Maldonado, no Grande Prémio de Espanha.
O sonho de Frank e os anos de ouro da Williams
Apesar dos últimos anos repletos de dificuldades, a Williams deixou uma marca indelével na categoria rainha do automobilismo. Frank tinha um sonho e lutou até o concretizar. Os sacrifícios foram muitos, e, já depois de o britânico ter conseguido ter uma equipa na Fórmula 1, com a ajuda de Patrick Head, nasceu a Williams com o nome que hoje conhecemos.
Em 1977 disputou a primeira corrida e, apenas três anos volvidos, alcançou o primeiro título mundial. Com o australiano Alan Jones, a Williams começava, assim, a escrever uma página de história.
Seguiram-se vários anos de ouro e duas décadas de grande domínio. De 1980 a 2000, a Williams conquistou nove títulos de Construtores e, com este número de Mundiais vencidos, mantém-se no pódio das equipas mais triunfantes na história deste desporto. Só a Ferrari tem mais títulos conquistados na Fórmula (16).
Até à data, a Williams regista 114 vitórias, 312 subidas ao pódio, 128 pole positions e 133 voltas mais rápidas em corrida. Números que impõem respeito.
O novo ciclo começou em 2020 e, agora, com James Vowles no comando da equipa, a esperança numa subida ao topo é grande. Alex Albon e Carlos Sainz serão os pilotos em 2025, mas será na época seguinte, em 2026, que a Williams espera conseguir tirar o melhor proveito da alteração dos regulamentos.
Seja como for, o legado de Sir Frank Williams andará sempre de mãos dadas com a Fórmula 1.
3??1??2?? podiums
— Formula 1 (@F1) September 3, 2020
1??1??4?? race wins
9?? constructor titles
7?? driver titles
1?? Frank Williams
This is his @WilliamsRacing story. pic.twitter.com/cJEVCG1vVy
Noticias ao minuto