A polémica em torno do testamento de Marco Paulo continua e parece estar longe do fim.
Uma reportagem da SIC, da passada quinta-feira, 5 de dezembro, apresenta novos dados sobre o caso e mostra afirmações da parte do advogados da família do cantor.
Comecemos pelo início da história dos testamentos. Em 2009 surgiu o primeiro testamento, no qual o artista deixava a sua fortuna a Marco António (Marquinho), seu afilhado, e ao pai deste, António Coelho (Toni).
Porém, a 20 de fevereiro de 2023, o cantor romântico fez um novo testamento, onde incluiu um bombeiro e seu amigo recente, Eduardo Ferreira. Neste documento (o de 2023), a família de Marco Paulo, dois irmãos e sobrinhos, foram novamente excluídos da lista de herdeiros.
Pedro Proença, advogado da família do cantor, assumiu à SIC que estes se sentiram "melindrados com a situação de perceber que houve alguém que se aproximou de Marco Paulo numa fase muito tardia da sua vida, numa fase muito complicada da sua doença e que criou sobre Marco Paulo uma ascendente tão grande que foi comtemplado com 10 % da herança." Proença admitiu ainda ao canal: "obviamente para quem é do sangue, para quem é da família, estas coisas sentem-se e causa alguma estupefação."
Questionado pelo jornalista da SIC se "admitia que pudesse haver um terceiro testamento deixado à revelia dos herdeiros", Pedro Proença revelou:
"Admito que possa acontecer e é um sentimento que foi reforçado por este segundo testamento. Este segundo testamento é de 2023, numa fase em que a doença já estava muito adiantada e em que perspetiva de sobrevivência era muito reduzida. A perceção que têm é que o Marco Paulo terá feito o segundo testamento debaixo de um estado emocional muito condicionado já pelo seu quadro médico. Tal como foram surpreendidos por este segundo testamento, também pode acontecer que Marco Paulo num contexto da sua vida e da sua doença tenha querido à última da hora alterar a sua vontade."
Na reportagem da SIC é ainda referido que a família do cantor "fez chegar à conservatória dos serviços centrais um pedido de informações", mas que ainda não há resultados e que "se as suspeitas da família forem confirmadas o destino da herança pode mudar de mãos."
O advogado assumiu também que a família não vai contestar o segundo testamento, caso se confirme a ausência de um terceiro. "Se não houver mais nenhum testamento e se não forem mesmo contemplados, irão respeitar a vontade de Marco Paulo, conformando-se com essa situação", assumiu Proença.
No que diz respeito às acusações da família ter abandonado o cantor, Pedro Proença adianta que irão apresentar queixa-crime e que têm como objetivo: "Limpar o seu nome, repor a sua honra."
Marco Paulo morreu a 24 de outubro de 2024 e terá deixado uma fortuna avaliada em 50 milhões de euros.
Veja a reportagem da SIC aqui.
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