Em conversa com o apresentador Manuel Luís Goucha na 'Gala dos Sonhos' da Associação Sara Carreira, Luís Montenegro começou por dizer sobre o projeto: "É verdadeiramente impressionante. Confesso que estou profundamente grato pelo serviço que a associação está a prestar".
Neste momento, Goucha deixou cair algo, levando o primeiro-ministro a intervir e a brincar, referindo-se ao facto de ainda não ter ido ao programa do apresentador nas tardes da TVI: "Não é por falta de ir ao programa da tarde que isso caiu, pois não?".
Goucha riu e reagiu: "Parabéns, porque tomou conta da ocorrência".
"Também pagam-me para isso", respondeu de seguida Luís Montenegro. "É melhor não falarmos nisso, no ordenado dos políticos, não vale a pena", acrescentou Goucha.
"Há quem diga que não é muito elevado, mas enfim, não vou entrar nessa discussão", retorquiu o primeiro-ministro. "Não, não. Eu sou dessa opinião", fez questão de frisar Goucha.
De seguida, Luís Montenegro voltou a falar do trabalho da Associação Sara Carreira. "Creio que é, de facto, impressionante o trabalho que a associação está a fazer. O espírito de solidariedade que está subjacente a este esforço que fazem de mobilização de cenas, do público, dos artistas, para poder arranjar meios financeiros que dão oportunidades a muitos jovens de se desprenderem das amarras de quem não tem uma oportunidade".
"Estamos a falar do mais elementar da vida de um ser humano, que é ter uma oportunidade. É ser livre, é poder escolher, é poder ser na vida aquilo que quer, poder prosseguir e alcançar o seu objetivo - qualquer que ele seja. E essa missão social que foi inspirada na vida da Sara Carreira é, efetivamente, um instrumento que a nós também nos estimula para podermos fazer melhor, todos nós", acrescentou.
Após questionado por Goucha sobre a educação e a formação, o primeiro-ministro partilhou: "A educação é verdadeiramente o essencial de uma democracia. Só somos uma sociedade justa onde todos têm uma oportunidade se nos conseguirmos qualificar, se conseguirmos detectar e desenvolver o nosso talento. E cada um vai à procura daquilo para o qual sente mais vocação".
"Estes jovens que completaram o ensino superior são o exemplo. Mas se não tivessem completado o ensino superior, se tivessem ido para o ensino profissional, se tivessem entrado no mercado de trabalho e aprofundado o seu conhecimento para fazerem bem, obter resultados... É aquilo que dá realização individual e que também faz o país andar para a frente. E é muito reconfortante para quem governa o país, que tem uma responsabilidade que é imensa, poder sentir que não está sozinho e que ao seu lado tem instituições, associações, tem pessoas, algumas das quais são exemplos de sucesso que aproveitam o resultado desse sucesso e mobilizam o esforço dos portugueses para podermos alcançar mais justiça social, mais oportunidades para todos", completou.
Leia Também: "Gratidão. Ano após ano, a Associação 'Sara Carreira' continua a crescer"
Leia Também: "A Sara Carreira era uma menina muito generosa, muito bondosa"
Leia Também: "Foi preciso chegar aos 70 anos para ter o primeiro-ministro a saudar-me"
Noticias ao minuto