Durante a reunião entre chanceleres da Organização Mundial do Comércio (OMC), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, demonstrou preocupação com o uso da sustentabilidade como cobertura para medidas protecionistas. Segundo o chanceler, o país quer uma OMC fortalecida e modernizada, que incorpore à sua agenda, temas como desenvolvimento sustentável sem deixar de lado temas tradicionais, como a agricultura. “O Brasil é um dos países que mais reclama junto a OMC por medidas protecionistas. O Brasil é uma das maiores vítimas do protecionismo internacional, já que temos vários setores da nossa economia que são muito competitivos. Falamos muito da agricultura porque é um grande carro-chefe da economia e exportação, mas temos produtos industriais, como o aço”, diz Manuel Furriela, especialista em relações internacionais, que lembra que questões ambientais são usadas como justificativas para limitar a exportação dos produtos brasileiros. Na quarta-feira, 7, o ministro Mauro Vieira aproveitou a reunião para restabelecer a autodenominação do Brasil como “organização em desenvolvimento”, definição renunciada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019. Além de Vieira, o encontro reuniu representantes do Grupo de Ottawa, composto por 14 integrantes, incluindo União Europeia, Reino Unido, Japão, Canadá, Chile, México e Coreia do Sul.
*Com informações do repórter Misael Mainetti
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