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Lesão pode ter levado suspeito a matar CEO em Nova York, diz polícia

Uma lesão na coluna que "mudou sua vida" pode ter contribuído para que o suspeito de assassinar a tiros um CEO de uma seguradora de saúde em pleno centro de Nova York cometesse o homicídio, informou a polícia nesta quinta-feira (12).


Uma lesão na coluna que "mudou sua vida" pode ter contribuído para que o suspeito de assassinar a tiros um CEO de uma seguradora de saúde em pleno centro de Nova York cometesse o homicídio, informou a polícia nesta quinta-feira (12).

Luigi Mangione, de 26 anos, é acusado de matar o diretor executivo da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em uma rua de Manhattan na semana passada, o que desencadeou uma perseguição nacional que terminou na segunda-feira, quando ele foi reconhecido em uma lanchonete McDonald's na Pensilvânia.

Os detetives estão investigando o que pode ter motivado o engenheiro de dados, formado pela Universidade da Pensilvânia e oriundo de uma família rica de Baltimore, a supostamente atirar em Thompson a sangue frio.

Especulações surgiram sobre a saúde de Mangione, depois que uma foto em uma de suas supostas contas de redes sociais mostrou uma radiografia de uma coluna vertebral com um implante médico.

"Parece que ele teve um acidente que o levou à emergência em julho de 2023, e foi uma lesão que mudou sua vida", disse o chefe de detetives do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), Joseph Kenny, à NBC New York nesta quinta-feira.

"Ele postou radiografias de parafusos inseridos em sua coluna vertebral. Portanto, a lesão que sofreu mudou sua vida, alterou seu modo de viver, e isso pode tê-lo colocado nesse caminho", acrescentou Kenny.

Ele também mencionou que a polícia não encontrou "nenhum indício de que [Mangione] fosse cliente da UnitedHealthcare" e sugeriu que ele poderia ter atacado a empresa por ser a maior organização de saúde dos Estados Unidos.

A polícia informou que as impressões digitais de Mangione coincidem com as encontradas perto da cena do crime e que os cartuchos de munição combinam com a arma que ele portava quando foi preso.

No entanto, ainda não conseguiram acessar o que se acredita ser seu telefone, nem falaram com sua família, relatou a NBC.

Mangione continua preso na Pensilvânia enquanto luta contra os esforços para extraditá-lo para Nova York, onde deve responder pelo assassinato.

A ABC News informou nesta quinta-feira que os promotores do escritório do procurador distrital de Manhattan começaram a apresentar provas a um grande júri sobre o homicídio. Se conseguirem uma acusação, isso pode fortalecer seus argumentos a favor da extradição.

A polícia declarou que, quando foi preso, Mangione tinha em sua posse um texto manuscrito de três páginas em que criticava o sistema de saúde americano, frequentemente questionado por priorizar o lucro em detrimento do bem-estar das pessoas.

Ele também tinha um caderno com anotações que detalhavam o planejamento do assassinato, segundo fontes policiais citadas pelo The New York Times.

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