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Presidente visitou o arquipélago no Oceano Índico nesta quinta-feira (19) para prestar solidariedade após passagem do ciclone Chido. 'A ilha está devastada', diz brasileiro que mora em MayotteO presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (19) sua intenção de reconstruir Mayotte, um arquipélago francês no oceano Índico, e prometeu a chegada de água e alimentos antes de domingo à noite, após a passagem do devastador ciclone Chido."Fomos capazes de reconstruir nossa catedral [de Notre Dame] em cinco anos. Seria um drama não conseguirmos reconstruir Mayotte", disse Macron durante sua visita a esse território francês.? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsAppEle defendeu mudanças nas "competências" e nas "regras" para acelerar a reconstrução, assim como "reforçar a luta contra a imigração clandestina, ao mesmo tempo em que se reconstrói escolas, moradias, hospitais, etc".Segundo números provisórios, o ciclone Chido deixou 31 mortos e 1.373 feridos, embora as autoridades temam um balanço muito maior nesta região, a mais pobre da França.Morador de Mayotte caminha pela capital do arquipélago, Mamoudzou,com guarda-chuva após passagem do ciclone ChidoYves Herman/ReutersEsse ciclone, o mais intenso a atingir Mayotte em 90 anos, registrou ventos de mais de 220 km/h no sábado (14). Cerca de um terço da população vive em habitações precárias, agora destruídas."Queremos que essas favelas desapareçam a longo prazo", acrescentou o presidente.A França declarou estado de "calamidade natural excepcional" para acelerar a aplicação de medidas de emergência, e Macron anunciou um fundo de indenização para pessoas não seguradas.Além disso, ativou o mecanismo de proteção civil da União Europeia para reforçar os trabalhos de ajuda no arquipélago, informou o Ministério das Relações Exteriores.Críticas à metrópoleA visita do chefe de Estado francês ocorre em meio a críticas pela falta de informações aos moradores antes da passagem do ciclone, especialmente aos migrantes de Comores em situação irregular."As pessoas não foram avisadas. Deveríamos ter ido a todos os lugares e explicado o que iria acontecer, mas elas não saíram por medo da polícia", relatou uma profissional de saúde.Macron, que rejeitou as críticas da mulher, decidiu adiar sua partida do arquipélago para sexta-feira para visitar áreas mais remotas, diante da magnitude dos danos."Estamos enfrentando valas comuns ao ar livre. Não há equipes de resgate. Ninguém veio recuperar os corpos enterrados", declarou a deputada local Estelle Youssouffa.Entre as reclamações dos moradores ao presidente estão a falta de água e alimentos, além de cortes de telefonia e eletricidade."Nosso objetivo é fornecer água e alimentos a todas as localidades antes de domingo à noite", afirmou Macron durante uma reunião com políticos locais, garantindo que, para isso, usariam "lançamentos de helicópteros".Mayotte, situada entre Madagascar e Moçambique, tem oficialmente 320 mil habitantes, mas estima-se que haja entre 100 mil e 200 mil pessoas a mais em situação irregular vindas de Comores.