O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou uma venda de armas de cerca de US$ 8 bilhões para Israel, um pacote que inclui munições de defesa antiaérea, anunciou o Departamento de Estado neste sábado (4). A venda foi acordada poucos dias antes da posse do republicano Donald Trump, também um forte aliado de Israel na guerra de Gaza. Antes de deixar o cargo, Biden novamente ignorou a pressão das organizações de direitos humanos e dos legisladores democratas que se opõem à venda de armas para Israel.
"O presidente deixou claro que Israel tem o direito de defender seus cidadãos, de acordo com a lei internacional e o direito internacional humanitário, e de impedir a agressão do Irã e de suas organizações aliadas", argumentou. Durante um discurso no Congresso em novembro, o senador Bernie Sanders – da ala mais progressista dos democratas – pediu o fim dessas vendas de armas para Israel.
"Os Estados Unidos são cúmplices de todas essas atrocidades. Estamos financiando essas atrocidades e essa cumplicidade precisa acabar", disse ele, referindo-se às inúmeras mortes de civis e à destruição maciça deixada pelas operações militares israelenses nos territórios palestinos. Trump prometeu apoio inabalável dos EUA a Israel e, ao contrário de outros presidentes recentes, nunca se comprometeu com um Estado palestino independente e soberano.
No entanto, também expressou seu desejo de um cessar-fogo em Gaza. Apesar dos intensos esforços diplomáticos liderados pelo Catar, Egito e EUA, nenhuma trégua foi acordada desde o cessar-fogo de uma semana no final de novembro de 2023.
*Com informações da AFP
Publicado por Matheus Lopes
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