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Posse de Trump: Brasil deve ser representado por embaixadora nos EUA; Lula e presidente eleito ainda não se falaram por telefone

Nos EUA, tradição é que os países sejam representados por embaixadores nas posses de presidentes.

Por Rede Vida Brasil

13/01/2025 às 11:42:11 - Atualizado há
Foto: YouTube
Nos EUA, tradição é que os países sejam representados por embaixadores nas posses de presidentes. Trump inicia seu segundo mandato na próxima segunda-feira (20). A embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, deve representar o governo brasileiro na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, na próxima segunda-feira (20).

Segundo diplomatas ouvidos pelo g1, o convite foi enviado à chancelaria brasileira e a presença da diplomata na posse confirmada.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi convidado e até o momento não conversou por telefone com Trump para discutir a relação entre Brasil e EUA. Conforme auxiliares de Lula, não há movimentação para uma ligação nos próximos dias.

A ausência de convite a Lula segue a praxe dos americanos. Diferentemente do Brasil, a tradição nas cerimônias de posse dos presidentes dos EUA é convidar os embaixadores dos países que atuam em Washington.

Quando, por algum motivo, o embaixador não pode comparecer à posse — e há a decisão de um governo de se fazer representado na cerimônia —, a tendência é que o país envie, então, o encarregado de negócios da embaixada, espécie de número dois da representação diplomática

Nada impede, porém, que o presidente eleito decida convidar chefes de Estado por alguma razão. De acordo com o jornal "La Nacion", o presidente da Argentina, Javier Milei, irá à posse deste segundo mandato de Trump.

Relações Brasil x EUA

Diplomatas afirmam que as relações entre Brasil e EUA devem se manter estáveis, apesar do distanciamento político entre Lula e Trump.

O governo brasileiro visa uma relação pragmática e preocupada em preservar negócios, a exemplo do que ocorre com a gestão de Milei na Argentina. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás somente da China.

Trump é alinhado ideologicamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), que defendeu medidas e discursos do mandato anterior do americano (2017-2020), apoiou a sua reeleição e não reconheceu imediatamente a vitória de Joe Biden (2021-2024).

Além disso, no ano passado, Lula manifestou apoio a Kamala Harris, vice de Biden e candidata do partido democrata derrotada por Trump nas urnas.

Mesmo assim, no dia em que foi confirmada a vitória de Trump, Lula e o Ministério das Relações Exteriores reconheceram publicamente o resultado da eleição.

"Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo", publicou Lula na ocasião.

Bolsonaro na posse

Bolsonaro afirmou que foi convidado para a posse de Trump e solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação do seu passaporte para viajar até Washington.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o ex-presidente comprove à Corte que foi formalmente convidado.

Para sair do Brasil, Bolsonaro precisa de autorização judicial, pois teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024.

A medida foi tomada em uma operação que investiga suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder por meio de uma minuta golpista.
Fonte: G1 - Mundo
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