Em comunicado, a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) refere que a quebra de 17,3% em novembro está "para lá do que eram as previsões" da associação e vai penalizar os números de produção e venda ao exterior para o ano de 2024, o que a obrigou a rever em baixa a previsão para a totalidade do ano passado para uma quebra homóloga de 6,3%.
Em comunicado, a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) refere que a quebra de 17,3% em novembro está "para lá do que eram as previsões" da associação e vai penalizar os números de produção e venda ao exterior para o ano de 2024, o que a obrigou a rever em baixa a previsão para a totalidade do ano passado para uma quebra homóloga de 6,3%.
"Era esperado que as exportações de componentes caíssem no mês de novembro e que no final do ano 2024 se registasse uma queda de 5%", sustenta. Contudo, acrescenta, "o valor de novembro de 2024 é muito menor do que se esperava".
No mês de novembro, a quebra de 17,3% das exportações portuguesas do setor superou largamente a descida de 1,8% das exportações totais de bens em Portugal.
Segundo a AFIA, cujos cálculos assentam nos dados mais recentes do Comércio Internacional de Bens do Instituto Nacional de Estatística (INE), a diminuição da produção nacional de componentes automóveis reflete "o comportamento de retração das encomendas dos clientes" e "a realidade do mercado automóvel europeu".
"Os dados que temos vindo a registar recentemente acabam por ser o reflexo dos desafios enfrentados pelo setor de componentes automóveis em Portugal, que continua a ser um dos pilares das exportações nacionais", afirma o presidente da AFIA, citado no comunicado.
Segundo José Couto, "a redução das vendas no mercado europeu, aliada às quedas registadas nos últimos meses, evidencia a necessidade de adaptação a um contexto económico global mais exigente".
Salientando que o setor enfrenta "desafios e cenários que continuam a afetar empresas e fornecedores, quer a nível nacional quer internacional", o dirigente associativo considera que, ainda assim, a indústria nacional de componentes automóveis "tem encontrado formas de manter a sua competitividade mostrando-se um setor extremamente resiliente e de elevada adaptabilidade".
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