Em cada esquina, a memória persiste, de Tonho Baco-baco, de uma história que insiste.
No coração quente do Mato Grosso,
Rondonópolis pulsa, feroz e intensa,
Mas o Rio Arareaú, cansado, chora,
Arrastando memórias em águas que já foram puras.
Nos braços do Jardim Brasília,
Onde sonhos brotavam como flores no asfalto,
Agora a saudade pesa no ar,
Enquanto Tião de Assis canta dores que nunca se vão.
No bar do Paraguai, sob luzes que tremem,
Tonho Baco-baco ergue seu copo à saudade,
Entre risos que escondem solidão
E melodias que sangram histórias esquecidas.
As águas do Arareaú, antes vivas,
Agora sussurram lamentos abafados,
De um amor que a cidade abandonou,
De uma alma que luta contra o esquecimento.
Rondonópolis, berço de encontros e despedidas,
Onde o tempo corrói as margens do rio
E a poeira das ruas encobre
Os versos que outrora iluminavam teus dias.
Pelas ruas, ecoa o grito do povo,
Um clamor de justiça, um apelo por vida,
Enquanto o sol se deita no horizonte,
Prometendo uma luz que talvez nunca chegue.
Em cada esquina, a memória persiste,
de Tonho Baco-baco, de uma história que insiste.
Rondonópolis, cidade marcada pela luta,
Teus versos são feridas abertas,
E teu rio, um pranto que nunca cessa.
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Este poema, intitulado "Araraú, o Canto da Saudade", é protegido por direitos autorais e pertence a José Marques Júnior - Rondonópolis/MT.
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