As récitas das duas óperas serão apresentadas, em sequência, nos dias 23 (19h), 24 e 25 (às 17h), sendo que no sábado e domingo haverá transmissão pelo canal Arte de Toda Gente, no Youtube. As duas obras integram a programação do Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos), parceria da Fundação Nacional de Artes (Funarte) com a UFRJ. A ópera de Lortzing foi traduzida para o português e passará a integrar o Repertório Sinos, ficando disponível para as orquestras e companhias de ópera de todo o país.
Falando à Agência Brasil, o maestro André Cardoso, professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ, informou que Eduardo Frigatti foi aluno da instituição. A ópera que criou com base no conto de Machado de Assis é resultado de concurso realizado em 2021 e 2022 pelo Fórum Brasileiro de Ópera e Música de Concerto."Eduardo Frigatti foi um dos finalistas com A Cartomante. Aí, nós decidimos estrear a ópera. Vai ser a primeira vez que ela será ouvida pelo público", antecipa.
Com coordenação geral de Lenine Santos, os espetáculos apresentarão grande elenco de cantores da própria UFRJ e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), além da Orquestra Sinfônica da UFRJ, com regência de Thiago Santos, Glauco Fernandes e André Cardoso.
A produção é do projeto de extensão Ópera na UFRJ e do Sistema Sinos, que é parte do Programa Arte de Toda Gente, parceria também da Funarte com a UFRJ.
Outras praças
Além das récitas no Salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ, os dois espetáculos serão apresentados no Auditório Horta Barbosa, do Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ, na Ilha do Fundão, no dia 3 de julho, às 13h, voltados para a comunidade universitária. As duas óperas serão mostradas também no Cine Theatro Central de Juiz de Fora (MG), no dia 26 de agosto (19h), em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora. Em todas as datas, a entrada é franca.
Extensão
Cardoso participa também do projeto de extensão Ópera na UFRJ, que existe desde 1994 e é uma espécie de consórcio de várias unidades da universidade. "Participam alunos de belas artes, com cenografia e indumentária; comunicação, com curso de direção teatral; e, eventualmente, o curso de dança, que fica na Escola de Educação Física", explicou o professor.
Acrescentou que o projeto tem caráter profissionalizante. "Os alunos participam ativa e efetivamente da produção da ópera, seja cantando, tocando, regendo". A Cartomante, por exemplo, será regida por um ex-aluno de Cardoso, que é Thiago Santos, atual regente da Orquestra Alegro, de Curitiba (PR).
"O projeto envolve várias unidades e professores coordenadores na produção da nossa ópera anual". A cada ano, professores e alunos se reúnem para escolher a ópera que vai ser encenada no ano seguinte. Fazemos as audições com os alunos de canto, damos início aos ensaios no começo do período letivo e apresentamos sempre no fim do mês de junho", finalizou.
Agencia Brasil