Nesta quarta-feira, 28, o programa Morning Show da Jovem Pan News recebeu Marco Vinholi, presidente do PSDB de São Paulo. Em entrevista, ele discutiu o futuro do partido para as eleições municipais do próximo ano. Para Vinholi, os tucanos devem valorizar sua sigla e dar prioridade para inserir novos quadros na disputa. “Os membros do diretório municipal se manifestaram, a bancada [municipal do PSDB] eu entendo que tem essa vontade [de apoiar Ricardo Nunes], mas eu defendo fazer a discussão de candidatura própria. O partido tem uma série de quadros importantes. Minha posição pessoal é a de buscar alternativas e apresentar para o eleitor. Existe uma complexidade no tema, uma vez que o Ricardo foi vice do Bruno Covas (PSDB), não se tem uma falta de coerência”, justificou. ” Sempre defendi candidatura própria, acho relevante ter candidato aqui em São Paulo e defendo isso em outras cidades como regra geral. Isso vai ser motivo de ampla discussão, a gente tem militância aqui em São Paulo, vários deles integram o projeto do prefeito e outros entendem que tem que ter candidatura. O fundamental é o PSDB fazer como sempre fez, um espaço aberto de discussão e de democracia partidária. Se for o caso de ter prévias, que seja algo feito pela base. Eu concordo no sentido de que o PSDB deve sempre buscar protagonismo”, refletiu.
Para Vinholi, a gestão de Ricardo Nunes tem que se destacar para os eleitores em relação à habitação e ao transporte público, mas ainda enfrenta desafios na cidade, especialmente nas questões que envolvem a Cracolândia. “Eu acho que ele (Nunes) tem avanços relevantes e desafios numa cidade com a complexidade da nossa. A Cracolândia é um deles. Acho que o Ricardo tem dado atenção para a periferia de São Paulo. O novo Plano Diretor conseguiu ser pacificado, para trazer avanços, mas tem desafios com a cidade que é a capital com todos os problemas que a gente sabe. Eu entendo que tem um grande trabalho na área da habitação e a questão do transporte público, não sei o que vai virar isso, mas [a tarifa zero] é uma discussão nacional”, destacou. “Lá atrás o Bruno Covas não tinha essa marca [de gestão] tão clara, foi ficando solidificada ao fim da gestão. Ainda é cedo para cravar [o favorito], tem sempre eleições imprevisíveis aqui em São Paulo. É uma eleição diferente e complexa, acho que você tem 2 turnos, o correto é os partidos poderem apresentar em um cenário complexo com essas opções para a sociedade. Acho que está aberto”, concluiu.
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