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Rio de Janeiro

Câmelos do Rio de Janeiro criam centro de convivência e serviços

Como parte das comemorações dos 20 anos de existência, o Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) realiza hoje (30), às 18h, no centro da capital fluminense, a inauguração do Centro de Referência dos Camelôs do Rio de Janeiro.


Como parte das comemorações dos 20 anos de existência, o Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) realiza hoje (30), às 18h, no centro da capital fluminense, a inauguração do Centro de Referência dos Camelôs do Rio de Janeiro. O local tem o objetivo de valorizar e auxiliar a categoria, recebeu apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos e do Fórum Nacional de Reforma Urbana e funciona em um imóvel ocupado na Rua Marechal Floriano.

O espaço terá funções sociais e pretende receber os trabalhadores para reuniões, prestar assistência jurídica, auxiliar nos cadastros na prefeitura, oferecer cursos de formação e organizar a parte administrativa do movimento. Também está sendo prestado apoio psicológico aos ambulantes, principalmente após a pandemia.

Segundo Maria de Lourdes do Carmo, coordenadora e fundadora do MUCA, em entrevista à Agência Brasil, disse que "com a inauguração estaremos prontos para dar todo o auxílio necessário, dar acolhimento e organizar a categoria". Existe o projeto para ampliar os serviços prestados e incluir os entregadores de aplicativos, dando a eles um local para descanso, parada para almoço e carregamento dos celulares, complementou Maria, mais conhecida como Maria dos Camelôs.

Além disso, o local irá promover eventos para gerar recursos e abrigará um pequeno museu com documentação contando a história dos camelôs e do MUCA. "O espaço servirá como base de pesquisa para estudantes que estão fazendo mestrado e doutorado, inclusive já tivemos muitas visitas com este intuito, já temos no acervo algumas teses finalizadas, com fotos e livros" contou Maria.

Fundado em 2003, no intuito de ampliar as vozes dos trabalhadores ambulantes, o MUCA sobrevive há 20 anos lutando contra a criminalização da categoria, pela regularização dos trabalhadores, pela ocupação organizada dos espaços públicos, pelos direitos humanos e direito ao trabalho. O movimento se tornou uma importante organização popular na luta pela defesa dos camelôs do Rio de Janeiro.

"Precisamos dar continuidade a esse projeto que ajudará a nossa categoria tão preterida e marginalizada pelo poder público. Onde eles não agem, o MUCA agirá". Finalizou a coordenadora.

Também será entregue à Maria dos Camelôs, a Medalha Chiquinha Gonzaga, honraria criada pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro com o objetivo de homenagear personalidades femininas que reconhecidamente tenham se destacado em prol das causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais.

Estão previstas as presenças de representantes de entidades e instituições como Observatório das Metrópoles, Ouvidoria da Defensoria Pública, Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular (NAJUP), Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Fiocruz), Justiça Global e Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).

*Estagiário sob supervisão Vinícius Lisboa.

Agencia Brasil

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