O jovem Nahel, morto em uma blitz policial na França, foi enterrado neste sábado, 1º, em meio a manifestações pela morte do adolescente. O funeral ocorreu em Nanterre, cidade situada ao noroeste de Paris onde ele morava. Uma multidão acompanhou o enterro, realizado no cemitério de Mont-Valérien, segundo informações da agência AFP. A morte do jovem deu início a uma série de protestos em todo o país. Desde o início das manifestações, a polícia local efetuou mais de 1.300 detenções. Segundo o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, informou que neste sábado a violência foi “de uma intensidade menor” do que nas noites anteriores e confirmou a prisão de 1.311 pessoas no país. Foi o maior número registrado desde o início dos protestos, na terça-feira, 27.
O Ministério do Interior também informou que 79 policiais e gendarmes ficaram feridos. Segundo as autoridades, na madrugada de sábado, 1.350 veículos foram incendiados ou danificados, assim como 1.234 edifícios, além da ocorrência de 2.560 incêndios na via pública. Por conta da crise, o presidente francês, Emmanuel Macron, cancelou sua viagem para a Alemanha, para uma cúpula entre as duas maiores potências da União Europeia. O episódio rescendeu o debate sobre a violência policial na França. De acordo com informações da agência, em 2022, foram registradas 13 mortes em circunstâncias parecidas no país. As autoridades decretaram um toque de recolher em diversas cidades do país.
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