Em entrevista á Jovem Pan News, o cientista político Rubens Figueiredo avaliou que o grupo político ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro deve continuar fortalecido apesar da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o deixou inelegível por oito anos: “O bolsonarismo tem 25%, o que é um índice muito expressivo. E o bolsonarismo começou em 2017 e 2018 (…) Fica muito difícil para um político de centro, nesse contexto de polarização, e de até uma polarização que pode se radicalizar, fica muito difícil ter uma liderança que monopolize e consiga fazer com que esses 20% votem exclusivamente nela. Até porque, o que a gente tem visto é que o centro tem alguns candidatos e o voto desses 20%, que já são a minoria, provavelmente se divide entre esses candidatos que se apresentarão”. Na análise de Figueiredo, um candidato de centro, ou da chamada ‘terceira via’, teria no máximo 20% dos votos totais, parcela do eleitorado que ele considera ‘neutra’.
“Os neutros seriam aqueles brasileiros mais identificados com o MDB, que tem toda aquela tradição da luta contra a ditadura e o militarismo. Você tem o PFL, que depois virou DEM. Todos esses partidos de centro também têm um histórico muito grande, que vem desde a década 70”, argumentou. A defesa de Bolsonaro agora aguarda o retorno do recesso do Judiciário para definir a estratégia adotada após a condenação no TSE. Enquanto define os próximos passos na Justiça Eleitoral, o ex-presidente da República busca demonstras que ainda tem apoio. A respeito dos possíveis sucessores de Jair Bolsonaro na direita conservadora, o cientista político cita o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas faz ponderações: “Eu diria que ele é um ‘bolsonarista soft’. Ele seria um candidato que representaria a direita. A julgar pelas pesquisas, ele tem 44% de ótimo e bom, o que é um índice muito expressivo. Seria um bolsonarista testado administrativamente, ‘soft’ e que poderia atrair esse segmento neutro”.
*Com informações do repórter Daniel Lian
jovem pan