No último congresso da Sociedade Americana para a Nutrição, foi apresentado um estudo que mostra que investir em oito hábitos pode dar cerca de 20 anos de vida a mais para homens e mulheres. A pesquisa foi feita nos Estados Unidos entre 2011 e 2019, com cerca de 700 mil pessoas entre 40 e 99 anos. Nestes oito anos de estudo, 30 mil pessoas morreram. O primeiro passo é não fumar. De acordo com o Ministério da Saúde, o cigarro está associado a mais de 50 doenças, inclusive o câncer de pulmão, que é o mais letal. Para se ter ideia, os fumantes correm cinco vezes mais risco de sofrer um infarto, uma bronquite crônica e enfisema pulmonar. Já a probabilidade de um derrame cerebral é duas vezes maior. Depois de dez anos após parar de fumar, o ex-fumante passa a ter a mesma chance de sofrer um infarto, igual a de pessoas que nunca consumiram tabaco na vida.
Praticar exercícios físicos também é uma das dicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física por semana. Mas se você não gosta muito de academia, vale investir em caminhadas, natação ou bicicleta. O importante é acelerar um pouco os batimentos cardíacos e fortalecer os músculos. O terceiro passo é não abusar do álcool com frequência. Ter boas noites de sono também entra nessa lista. A quantidade necessária de descanso varia de pessoa para pessoa, mas as pesquisas indicam que os adultos precisam dormir entre sete e nove horas por noite. Manter uma dieta saudável é a quinta dica. Uma alimentação rica em proteínas ajuda a não perder massa muscular na velhice. Na idade adulta, há uma reserva muscular. Após os 50 anos, existe uma queda.
Outro ponto é tirar os alimentos ultraprocessados da rotina. Eles têm uma grande quantidade de gordura, açúcar e sal. Então, na hora das compras, vale dar uma olhadinha na tabela nutricional do rótulo. Outro alerta é não se tornar dependente de opióides, remédios populares que aliviam dores crônicas. Só que o uso em excesso gera vício nesses medicamentos. De acordo com o levantamento da Anvisa, desde 2009, a venda dos remédios para dores crônicas aumentou 465% no país. E por último, e não menos importante, tem que cuidar da saúde mental. Viver com raiva, sob pressão no dia a dia, coloca o organismo a um estado de inflamação. Uma situação que acaba afetando todo o metabolismo do corpo. O estudo concluiu que adotar esses hábitos saudáveis presenteou os homens com 24 anos a mais de vida e as mulheres com 23 anos. Além disso, o risco de morte por qualquer causa foi 13% menor em relação a quem não adotou nenhum desses comportamentos. A pesquisa teve o objetivo de mostrar que, independentemente da sua idade, nunca é tarde para começar a colocar em prática hábitos saudáveis e aumentar a sua expectativa de vida.
Confira a reportagem na íntegra:
*Com informações do repórter Misael Mainetti
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