A concentração de dependentes químicos e pessoas em situação de rua que ocupa o centro de São Paulo e forma a chamada Cracolândia foi movida mais uma vez pelas autoridades na madrugada do último domingo, 13. Apesar da presença da GCM (Guarda Civil Metropolitana) no local, a Prefeitura nega que tenha feito qualquer tipo de ação para que o grupo se deslocasse da Rua dos Gusmões para a Rua dos Protestantes, próxima à Rua Santa Ifigênia. Á Jovem Pan News, moradores reclamaram de mau cheiro, sujeira e muita insegurança no local. A proximidade de escolas na região também preocupa os residentes. Na quinta-feira passada, 10, comerciantes e moradores do bairro da Santa Ifigênia realizaram uma manifestação no centro de São Paulo contra a permanência da Cracolândia na famosa via comercial. As lojas da tradicional rua da capital paulista amanheceram fechadas. Manifestantes caminharam até a Câmara Municipal de São Paulo carregando faixas como os dizeres: "Queremos trabalhar", "Lute pelo seu trabalho seguro" e "Lute pela Santa Ifigênia".
Depois do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sugerir o deslocamento dos usuários para a região do Bom Retiro, membros das gestões estadual e municipal que compõem o comitê que tenta resolver a questão da Cracolândia descartaram a ideia de tentar mover o "fluxo" de dependentes químicos para outro local. O plano agora, segundo os integrantes do comitê, é construir um “campo de assistência” onde os dependentes químicos já estão. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também pretende isentar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de imóveis situados na região da Cracolândia. Caso seja aprovado na Câmara Municipal, o benefício ficará em vigor nos anos de 2024 e 2025.
*Com informações do repórter Misael Mainetti
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