Seis suspeitos de integrarem um grupo que simulava acidentes de carro para obter indenização de seguro foram presos temporariamente nesta segunda-feira, 18, no Distrito Federal.
Seis suspeitos de integrarem um grupo que simulava acidentes de carro para obter indenização de seguro foram presos temporariamente nesta segunda-feira, 18, no Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, o grupo atuava desde 2015. Neste período, foram 12 acidentes simulados e 25 veículos destruídos. As investigações apontam que o grupo recebeu um montante de R$ 2 milhões das seguradoras. De acordo com a corporação, os acidentes foram forjados nas cidades de Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires e Brasília e envolveram veículos das marcas Porsche, BMW, Audi, Volvo e Mercedes. O esquema funcionava da seguinte maneira, segundo a polícia: os suspeitos adquiriam veículos importados de certo tempo de uso e de difícil comercialização, alguns avariados. Os automóveis eram consertados e os investigados contratavam seguros, com valor de indenização correspondente a 100% da tabela Fipe, muito superior ao valor de aquisição e conserto dos carros. Na sequência, o grupo promovia colisões propositais dos veículos, que sofriam perda total. Era feito um revezamento entre os integrantes na condição de proprietário contratante do seguro, condutor, terceiro envolvido no acidente e recebedor da indenização, às vezes via procuração. Além disso, os investigados registravam as ocorrências dos acidentes na Delegacia Eletrônica, afastando questionamentos da polícia judiciária sobre o sinistro. A ideia era não despertar suspeitas. Por fim, o grupo conseguia receber o seguro. Ainda segundo a polícia, o grupo era liderado por um empresário de Taguatinga e um ex-policial militar da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal), licenciado da corporação em razão da emissão de 150 cheques sem fundos. A dupla adquiria os veículos registrava ocorrências e envolviam parentes e amigos nos registros dos acidentes, contratação dos seguros e recebimento das indenizações. Nenhum investigado teve o nome revelado pela corporação.