O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estados dos Estados Unido, Antony Blinken, foram levados às pressas nesta segunda-feira, 16, para um bunker enquanto estavam em uma reunião por risco de ataque do grupo terrorista Hamas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estados dos Estados Unido, Antony Blinken, foram levados às pressas nesta segunda-feira, 16, para um bunker enquanto estavam em uma reunião por risco de ataque do grupo terrorista Hamas. Os dois estavam em reunião em Tel Aviv quando sirenes de alerta de ataques soaram. Um porta-voz do governo dos Estados Unidos informou que os dois só ficaram dentro do bunker por cinco minutos, mas saíram logo depois, quando as autoridades constataram que se tratava de um alarme falso e as sirenes foram desativadas. Esse caso não foi isolada hoje, mais cedo, durante a abertura da sessão de inverno no Parlamento de Israel, a reunião precisou ser cancelada por 40 minutos e os participantes se encaminharem para um bunker devido a outro alarme que tocou indicando um possível acordo do Hamas. Desde 7 de outubro, quando Israel foi atacado pelo Hamas, as sirenes têm tocado constantemente em Tel Aviv, mas, até agora, a cidade tem sido poupada de ataques.
No encontro desta segunda, Blinken e Netanyahu conversaram sobre os esforços de Nações Unidas, EUA e de outros países para permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Eles se reuniram em Jerusalém na segunda visita do secretário americano a Israel desde o início da guerra entre este país e milícias palestinas lideradas pelo Hamas na Faixa de Gaza. De acordo com o Departamento de Estado, Blinken conversou com Netanyahu sobre a “estreita coordenação” dos EUA com a ONU e outros “parceiros regionais” para facilitar a entrada de ajuda humanitária para os civis palestinos. Os caminhões que transportam ajuda humanitária, incluindo medicamentos para os hospitais da Faixa de Gaza, estão atualmente esperando para atravessar do Egito pela passagem de Rafah, única saída do enclave palestino que não é controlada por Israel e que se conecta à Península do Sinai, no Egito.
Os EUA chegaram a um acordo com Egito, Israel e Catar para permitir que centenas de estrangeiros e palestinos com passaportes de outros países, incluindo cidadãos americanos e europeus, deixassem a Faixa de Gaza pela passagem de Rafah no último sábado. No entanto, após o vazamento do acordo, as autoridades egípcias anunciaram que não permitiriam que estrangeiros entrassem em seu país se antes a ajuda para os 2,2 milhões de pessoas aglomeradas na Faixa de Gaza não fosse facilitada. O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Sukri, disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira que Israel ainda não havia dado permissão para a abertura da passagem de Rafah para a entrada de ajuda humanitária e saída de cidadãos do enclave palestino, que está sob bombardeio israelense.
Fontes de segurança egípcias disseram à Agência EFE que hoje houve um indício de abertura, mas, com o passar do dia, isso parece ter sido descartado. A visita de Blinken a Israel faz parte de uma viagem pelo Oriente Médio, que também o levou a Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Arábia Saudita e Egito, em meio a intensos contatos diplomáticos para mediar a nova guerra, a mais séria já ocorrida entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas. Enquanto esteve em Jerusalém, Blinken também aproveitou a oportunidade para se reunir com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e reiterar o compromisso dos EUA de apoiar o país diante do “terrorismo do Hamas”, informou o Departamento de Estado americano em outro comunicado. Blinken reafirmou a Herzog que os EUA fornecerão ao governo israelense todo o apoio necessário para proteger seus cidadãos.