Nesta semana, o programa Mulheres Positivas recebeu Simoni Morato, CEO do Banco Safra.
Nesta semana, o programa Mulheres Positivas recebeu Simoni Morato, CEO do Banco Safra. Em entrevista à Fabi Saad, ela contou sobre sua experiência como mulher em um cargo de liderança. Segundo ela, um dos pontos chaves para lidar com situações similares é a autoconfiança. “A mulher precisa assumir e aceitar que ela é capaz, que ela não precisa agir como um homem para estar numa posição de liderança. Entrei no Safra depois de cinco anos, tive idas e vindas para Nova York. Me tornei CEO em 2006. A insegurança maior não foi de quem me colocou nesse cargo, acreditava que eu tinha potencial e acreditava mais do que eu”, explicou. “Acho que eu tive duas questões: a de ser mulher e a de ser muito jovem. Eu ia virar chefe de várias pessoas que já tinham sido meus chefes, eram mais velhos que eu. A gente precisa se aceitar e realmente entender que a gente pode estar numa posição de liderança”, acrescentou.
Como dica, Simoni contou sobre as diferentes maneiras de liderar uma equipe. Ela ressaltou o diferencial da percepção de mulheres em cargos de liderança. “A questão do jogo de cintura, saber lidar com conflito e ler as pessoas é tão ou mais importante que a capacidade técnica. você tem que buscar excelência, montar um time de primeira, mas quem vai liderar esse time e como? A mulher tem uma bagagem de inteligência emocional importantíssima nos casos de liderança”, disse. “Tive a sorte de estar numa instituição onde a meritocracia conta muito, é um ambiente bem saudável no geral. Você tem que trabalhar com humildade, você não é nada sozinho, você é com sua equipe. A questão é estar junto e trabalhar como time. Liderar como exemplo, ao invés de terem medo, terem respeito e admiração. Eu abaixava a cabeça e trabalhava, sempre fui honesta. A vitória era do time como um todo”, declarou.
Como filme, a CEO do Banco Safra indicou o clássico brasileiro “Que Horas Ela Volta”, com Regina Casé no elenco. “Esse filme me marcou muito, recomendo a toda mulher que trabalha assistir. A gente tem uma dicotomia de estar e não estar em casa. É um debate importante”, disse. Como livro, ela relembrou a obra “Quando Nietzche Chorou”. “Discute as questões essenciais muito importantes para respeitar a nossa essência e nossos princípios”, explicou. Como mulher positiva, Simoni citou a política Hillary Clinton. “Por tudo que ela fez nos Estados Unidos, a capacidade que ela tem e o papel que ela desempenhou, mesmo em uma situação complicada. Fiz campanha para ela, ajudei. Infelizmente ela não foi escolhida e tivemos o que tivemos”, concluiu.
Confira na íntegra a entrevista com Simoni Morato: