A notícia da morte de Antonino Solmer levou a que fossem feitas nas redes sociais sentidas homenagens.
"A nova geração de atores provavelmente nunca ouviu falar dele. E certamente não têm consciência de que ele foi um dos percussores da tal 'contenção' e 'naturalidade' que hoje abundam, e bem, nos palcos de teatro, sets de cinema, e plateus televisivos nacionais. É vê-lo na 'Tragédia Da Rua Das Flores', que a RTP Memória às vezes repete, para se perceber a inteligência e arte deste ator, encenador e professor", começou por escrever.
"Fui seu aluno no antigo Conservatório de Lisboa no Bairro Alto. Aprendi muita coisa com ele, numa altura em que pensava saber tudo, como qualquer jovem ator que se acha no direito de conquistar o mundo", recordou.
"Num exercício a partir de Bertold Brecht, numa altura em que em Portugal ainda se fazia a distanciação Brechtiana 'ao metro' (quem é desses tempos sabe do que estou a falar e do ridículo da 'coisa') disse-me que estava a 'fazer demais' e a conseguir muito pouco. Hoje que também ajudo outros a tentarem, como eu, aprender esta difícil arte de representar, lembro-me tanto dessas sábias palavras ditas por ele num ensaio numa noite fria, num palco improvisado, ao ar livre, ali para os lados da Rua Do Século", partilhou ainda.
"Em cada aula que dirijo tento aplicar e passar aos meus alunos aquilo que aprendi com ele: 'O simples na representação é o mais eficaz. O fo**** é conseguir essa simplicidade'", acrescentou.
"Soube há pouco que nos deixou para ir junto dos deuses ensinar aquilo que tanto de bom sabia. Descansa em paz, Antonino Solmer. PS: Foi na estreia desse exercício que o Luís Miguel Cintra me viu representar pela primeira vez. Um ano depois estava na Cornucópia a ensaiar a primeira peça que lá fiz", completou.
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