Assim como ocorre todos os anos no dia 25 de janeiro, atingidos pelo rompimento da barragem da mineradora Vale realizaram em Brumadinho um grande ato para homenagear as vítimas que perderam suas vidas e cobrar por reparação justa.
Assim como ocorre todos os anos no dia 25 de janeiro, atingidos pelo rompimento da barragem da mineradora Vale realizaram em Brumadinho um grande ato para homenagear as vítimas que perderam suas vidas e cobrar por reparação justa. A manifestação é o ápice de uma semana de eventos, que incluiu ainda um seminário para discutir o caso, uma carreata e um momento de louvor.
O rompimento da barragem em 25 de janeiro de 2019 está completando exatos 5 anos. A tragédia gerou grandes impactos a comunidades da bacia do Rio Paraopeba. Foram perdidas 272 vidas, incluindo nessa conta dois bebês de mulheres que estavam grávidas. Os bombeiros ainda buscam por três vítimas: Maria de Lurdes Bueno, Nathalia de Oliveira Porto e Tiago Tadeu da Silva. O Major Guilherme explica que são usados equipamentos totalmente adaptados e únicos no mundo para a Operação Brumadinho.
A Avabrum, associação que representa familiares e atingidos, afirma que seu foco está na identificação das últimas vítimas e na cobrança pela punição dos responsáveis. A presidente da entidade Andresa Rodrigues também faz críticas à falta de participação dos atingidos no acordo para reparação dos danos que foi selado em 2020.
No mês passado, o ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, recebeu voto favorável do desembargador Boson Gambogina na apreciação de um pedido de habeas corpos que pode tirá-lo da condição de réu. Ainda restam dois votos, sem data para serem proferidos. A presidente da Avabrum expressa a indignação dos atingidos.
Cristiano Campidelli, delegado da Polícia Federal que integrou as investigações, afirma que Schvartsman mantinha conhecimento da situação precária da barragem e não tomou providências.
Além do ex-presidente da Vale, são réus no processo criminal outros 10 nomes ligados à mineradora e mais 5 vinculados à Tüv Süd. Segundo as investigações, a empresa alemã assinou a declaração de estabilidade da barragem mesmo sabendo do risco de rompimento. O documento era necessário para que a Vale pudesse continuar suas operações na barragem.
Procurada, a Vale disse que desde o início das investigações, sempre colaborou com as autoridades e continuará colaborando. A defesa de Fabio Schvartsman informou que prefere não se manifestar em respeito à Justiça, considerando que o julgamento do pedido de habeas corpus foi iniciado.