Geral exposições

Museu do Jardim Botânico destaca papel da ciência ante crise ecológica

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) abre nesta sexta-feira (8), às 10h, um novo espaço cultural, com entrada gratuita para o público e classificação livre.

Por Rede Vida Brasil

07/03/2024 às 07:08:27 - Atualizado há

Cheiros da natureza brasileira no Museu do Jardim Botânico, na zona sul da capital fluminense - Tomaz Silva/Agência Brasil

Relevância

Besserman informou que não se mostrará somente o ferramental tecnológico, mas também a relevância da ciência para enfrentar a crise ecológica e apoiar o combate à crise de biodiversidade no Brasil. "Há uma participação muito intensa dos cientistas do JB. Cada peça das exposições permanentes de cada sala, tudo foi feito com participação muito direta e intensa dos próprios cientistas do equipamento, junto com a museologia do IDG".

Segundo Besseraman, o novo museu reforça o lema do Jardim Botânico: "Muito mais que um jardim: ciência, ensino e história".

As políticas públicas e ações assertivas desenvolvidas pelo JB para conhecimento e conservação da flora brasileira ao longo de mais de 200 anos de história serão compartilhadas com o público, revelando detalhes das expedições de campo, do trabalho dos botânicos, da pesquisa científica aplicada à conservação da biodiversidade e as atividades dos laboratórios.


"Há salas mostrando pesquisas avançadas de biologia molecular para identificar origem e até localização de madeira, o que ajuda a combater o desmatamento ilegal", acrescentou Besserman. Além das exposições permanentes, o museu terá conteúdos interativos e ampla programação educativa e cultural.

Logo na entrada do museu, os visitantes conhecerão uma exposição de longa duração, concebida em colaboração com um comitê de funcionários e pesquisadores do Jardim Botânico, que traz a essência do novo equipamento cultural e científico por meio de mais de dez experiências.


Um dos destaques é a obra Sumaúma: Copa, Casa, Cosmos, filme de Estevão Ciavatta, com narração de Regina Casé, que promove uma imersão virtual na sumaúma (Ceiba pentandra), árvore amazônica presente na coleção viva do instituto e carregada de simbolismos. Para muitos povos, a sumaúma é o lar de entidades divinas ou mesmo um portal que leva a diferentes mundos.

Obra Sumaúma: Copa, Casa, Cosmos, no Museu do Jardim Botânico - Tomaz Silva/Agência Brasil

Indígenas

O espaço apresenta instalações do artista e ativista dos direitos indígenas Denilson Baniwa, além da exposição temporária Mbae Kaá, o que tem na mata: Barbosa Rodrigues entre plantas e pajés.

O trabalho é do ex-presidente do JBRJ João Barbosa Rodrigues e mostra que, enquanto a ciência ocidental dá nome às plantas pelo sistema do naturalista sueco Charles Linneo, os indígenas tupis-guaranis as denominavam por alguma característica apresentada, como planta com mancha amarela, planta com espinho grande, por exemplo. "É sempre alguma coisa relativa à planta. Essa exposição ficará por alguns meses no museu e depois será substituída por outra, também temporária", informou Besserman. Segundo ele, as exposições permanentes serão atualizadas e modificadas, mas ficarão sempre abertas ao público.

Obra de Denilson Baniwa no Museu do Jardim Botânico -Tomaz Silva/Agência Brasil

Fazem parte ainda do museu uma sala de leitura, com diversos livros e versões digitais de obras raras do acervo da Biblioteca Barbosa Rodrigues do Jardim Botânico, que poderão ser folheados em telas táteis; uma sala multiuso para encontros, palestras e eventos e uma ampla programação educativa e cultural.

Na avaliação de Besserman, o novo equipamento é uma iniciativa boa para o Rio de Janeiro, "para valorizar a ciência em geral, assim como o conhecimento dos povos tradicionais, e um novo espaço cultural importante para o país".

Patrocínio

Há mais de 110 anos no pais, a Shell e uma empresa de energia integrada com participação em upstream (exploração e produção de petróleo), no novo mercado de gas natural, pesquisa e desenvolvimento e energias renováveis, entre outras áreas. A empresa é a patrocinadora master do Museu do Jardim Botânico.

O Instituto de Desenvolvimento e Gestão é uma organização sem fins lucrativos especializada na gestão de centros culturais públicos e programas ambientais, que também presta consultoria para empresas privadas e atua na execução, desenvolvimento e implementação de projetos culturais e ambientais.

Atualmente o IDG é responsável pela gestão dos museus do Amanhã e do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro; do Paço do Frevo, no Recife; do Museu das Favelas, em São Paulo; e é gestor operacional do Fundo da Mata Atlântica, além de realizador das ações de conservação e consolidação do sítio arqueológico do Cais do Valongo, na região portuária do Rio. Também foi responsável pela implementação da museografia do Memorial às Vítimas do Holocausto, no Rio.

Comunicar erro
Rede Vida Brasil

© 2024 REDE VIDA BRASIL
Av Sebastião Lourenço esquina com a rua da paz Jardim Brasília

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Rede Vida Brasil