A Índia é o maior poluidor por plásticos do mundo, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira (4) por uma equipe de pesquisadores, que destacam o perigo representado pela queima irregular dos resíduos desse material.
A Índia é o maior poluidor por plásticos do mundo, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira (4) por uma equipe de pesquisadores, que destacam o perigo representado pela queima irregular dos resíduos desse material. Os autores, pesquisadores da Universidade de Leeds, calcularam que em 2020 foram despejadas no meio ambiente 52,1 milhões de toneladas de plástico.
Com 9,3 milhões de toneladas, ou seja, quase um quinto do total global, a Índia é o maior poluidor do mundo. O número, segundo os autores, reflete sua grande população e o fato de que no país há pouca coleta de lixo.
Os resíduos que não são coletados são, além disso, a principal fonte de poluição plástica nos países do sul, aponta o estudo, publicado na revista Nature. O segundo lugar da classificação é ocupado pela Nigéria, com 3,5 milhões de toneladas, seguida pela Indonésia, com 3,4 milhões. A China, considerada o maior poluidor em outras avaliações, fica na quarta posição, com 2,8 milhões de toneladas de plástico. Isso se explica, segundo os autores, porque seus dados estão “mais atualizados e mostram avanços substanciais na adoção da queima de resíduos e no seu enterramento controlado”.
“No passado, os líderes políticos tinham dificuldade em enfrentar esse problema, em parte pela falta de dados de boa qualidade”, apontou Ed Cook, um dos autores. O pesquisador indicou que espera que o estudo permita “prover recursos, que são escassos, para enfrentar de maneira eficaz a poluição por plástico”.
Segundo os pesquisadores, cerca de 30 milhões de toneladas de plástico (57% do total despejado no meio ambiente) foram queimadas sem controle algum em 2020. Tais incinerações, sejam elas em casas particulares, nas ruas ou em aterros irregulares, têm consequências perigosas para a saúde e o meio ambiente, alertam os autores.
*Com informações da AFP
Publicado por Tamyres Sbrile
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