Pelo menos cinco pessoas foram mortas em um ataque aéreo do Exército de Israel perto da cidade de Tubas, no nordeste da Cisjordânia ocupada, confirmado nesta quarta-feira (11) tanto pelo Crescente Vermelho Palestino como pelo Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa em pequenas partes do território.
Pelo menos cinco pessoas foram mortas em um ataque aéreo do Exército de Israel perto da cidade de Tubas, no nordeste da Cisjordânia ocupada, confirmado nesta quarta-feira (11) tanto pelo Crescente Vermelho Palestino como pelo Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa em pequenas partes do território. As forças israelenses disseram que o ataque teve como alvo uma célula de milicianos armados e enquadraram a operação como parte de sua intensa ofensiva contra as milícias palestinas no norte da Cisjordânia, que começou na semana passada.
Segundo a agência de notícias oficial palestina "Wafa", o ataque ocorreu perto de uma mesquita. Todos os mortos tinham entre 18 e 24 anos.
As forças israelenses também cercaram o Hospital Turco da cidade, impedindo o acesso de ambulâncias ao complexo. Outras duas pessoas foram mortas ontem à noite (10) em um ataque israelense em Tulkarem, incluindo uma mulher, e outras dez ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde palestino. O Crescente Vermelho relatou que as forças israelenses atacaram um de seus paramédicos na cidade com munição real enquanto tratava de um homem ferido, e prenderam brevemente outros dois médicos após invadirem o centro de ambulâncias do grupo.
Esta manhã, o grupo afirmou que cinco dos seus paramédicos continuam detidos pelas forças israelenses em Tulkarem e que não tiveram notícias deles desde a madrugada. No último dia 28 de agosto, o Exército israelense lançou uma incursão denominada "Operação Acampamentos de Verão" nas cidades de Jenin, Tulkarem e Tubas, todas redutos históricos das milícias palestinas. Entre ataques aéreos e combates, pelo menos 36 palestinos morreram nas três cidades, incluindo oito menores e dois idosos. Cerca de 150 pessoas também ficaram feridas e várias casas, lojas e ruas foram destruídas.
A Cisjordânia ocupada está vivendo sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, até agora, em 2024, pelo menos 355 pessoas foram mortas por fogo israelense, a maioria delas milicianos ou agressores, mas também civis, incluindo 60 menores. O Exército israelense intensificou as suas já frequentes incursões no território palestino ocupado após o ataque do Hamas em 7 de outubro e, desde então, mais de 682 pessoas – 150 delas menores – morreram em incidentes violentos com Israel, principalmente com tropas, mas também com colonos. Do lado israelense, 28 pessoas morreram este ano: 14 militares e 14 civis, oito deles colonos.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte