Os incêndios que queimaram quase 2,5 mi de hectares na Amazônia, entre junho e agosto deste ano, emitiram 31,5 mi de toneladas de gás carbônico na atmosfera.
Os incêndios que queimaram quase 2,5 mi de hectares na Amazônia, entre junho e agosto deste ano, emitiram 31,5 mi de toneladas de gás carbônico na atmosfera. É quase o total de poluentes que um país como a Noruega leva um ano inteiro para emitir: 32,5 mi.
Os dados divulgados nesta terça-feira (17) são do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Os recentes incêndios em florestas, campos e pastagens na Amazônia aumentaram as emissões de gases de efeito estufa em 60%, entre junho e agosto, em comparação ao mesmo período do ano passado. Se considerada apenas as áreas de floresta, a emissão é mais que o dobro do emitido pelas queimadas em 2023.
E mesmo quando o fogo terminar, as emissões de gases de efeito estufa continuam. A estimativa é que, na próxima década, entre 2 e 4 mi de toneladas de CO2 poderão ser emitidas por causa da decomposição da vegetação atingida neste ano. É a chamada "emissão tardia", mesmo que invisível.
De acordo com os pesquisadores, o aumento das emissões pode impactar negativamente na redução do desmatamento dos últimos meses. É que a floresta degradada pelo fogo se torna mais suscetível a outros incêndios, mantendo um ciclo de degradação dos biomas a cada ano.