O candidato do PRTB, Pablo Marçal, foi expulso, nesta segunda-feira (23), do debate à prefeitura de São Paulo, realizado pelo Flow.
O candidato do PRTB, Pablo Marçal, foi expulso, nesta segunda-feira (23), do debate à prefeitura de São Paulo, realizado pelo Flow. Faltavam 10 segundo para o evento acabar quando o ex-coach discutiu com Carlos Tramontina, moderador do debate, após ele interromper a fala o candidato, que fazia ataques ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e prometeu prendê-lo, caso seja eleito. Tramontina já tinha advertido Marçal, que continuou com os ataques, o que obrigou o moderador a cortar o microfone do ex-coach. “Você está excluído do debata por decisão do apresentador. Pode se retirar, por favor”, diz o moderador. “Você não interrompeu o Datena quando ele estava falando. Você me dá advertência no final”, disse Marçal, se referindo a um episódio anterior que tinha acontecido no debate quando Datena chamou o candidato do PRTB de “pioneiro do estelionato”. Na ocasião, Tramontina esperou o ex-apresentador terminar de falar para dar a advertência. Após exclusão, uma briga se formou no estúdio e foi necessário contar com apoio dos seguranças para interferir.
O moderador explica que o candidato do PRTB resolveu ficar agressivo nas considerações finais. “O último sorteado para fazer as considerações finais foi Pablo Marçal e, aparentemente, adotou o projeto de sair fazendo tudo aquilo que ele não fez de agressão e desrespeito ao longo do debate. No debate, ele se comportou como os outros, apresentando ideias e propostas. No final, sendo o último a falar, ele iniciou uma série de acusações injuriosas e caluniosas, que, de acordo com o regulamento, não poderiam ser aceitas”.
“Eu o interrompi, ele ficou bravo e falei: ‘Tenho autoridade para interromper conforme sua assessoria assinou’. Voltou para ele e, imediatamente, ele repetiu. Na terceira vez, ele foi excluído do debate faltando dez segundos para o término. Simples assim”, relatou Tramontina. Marçal quis usar o tempo final de sua fala para falar coisas negativas contra os candidatos sem “nenhuma responsabilização ou consequência”, diz Tramontina. “Ele claramente usou o tempo final na expectativa de que isso fosse o fecho do debate, sem nenhuma responsabilização ou consequência. Eu, como mediador do debate, fiz apenas a aplicação das regras. Ele injuriou e caluniou, conforme não era permitido pelas regras”.
Tramontina narra o tumulto e diz que ele saiu provocando os demais candidatos. “Ele sai, forma-se um tumulto porque tinha um grupo que o acompanhava e, empurrando o restante do pessoal que estava ali, vem para chegar perto dele. Ele saiu com uma atitude de provocação para os outros que estavam lá. Só sei que houve um soco de uma pessoa no assessor do candidato Ricardo Nunes. Sangrou muito”.
*Com informações do Estadão Conteúdo